Capital

Delegado vai confrontar versões para apurar morte após briga por som alto

Willian Vivian Martins, de 30 anos, responderá por homicídio em liberdade

Anahi Zurutuza e Danielle Errobidarte | 18/02/2020 11:08
Willian (de boné) foi à 5ª DP (Delegacia de Polícia) na manhã desta terça-feira (18), prestou depoimento e foi liberado (Foto: Marcos Maluf)
Willian (de boné) foi à 5ª DP (Delegacia de Polícia) na manhã desta terça-feira (18), prestou depoimento e foi liberado (Foto: Marcos Maluf)

O delegado João Reis Belo, responsável pela investigação da morte de Lucas Assis de Oliveira, de 25 anos, afirma que ainda vai ouvir testemunhas do crime e confrontar as versões com a do assassino confesso para apurar se o crime foi praticado por legítima defesa, depois de briga por som alto.

O responsável pelo inquérito adianta, porém, que Willian Vivian Martins, de 30 anos, responderá a princípio por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) e que a tese da defesa é motivo para debate durante o processo. “Será confrontada [a versão do autor do crime] com os demais depoimentos, que serão colhidos nos próximos dias”, afirmou.

Willian foi à 5ª DP (Delegacia de Polícia) na manhã desta terça-feira (18), prestou depoimento e foi liberado. Réu primário, ele responderá livre, segundo o delegado, porque por enquanto, não há motivos para requerer a prisão.

“Passou o flagrante, ele se apresentou, apresentou a arma do crime. Se surgir uma versão muito diferente da apresentada por ele, nada impede que peçamos a prisão, mas não há motivo neste momento, pela lei”.

Sobre o porte ilegal da arma, comprada há cerca de 1 mês segundo o acusado, o delegado informou que cabe a promotoria decidir se oferece denúncia.

Confissão - Os advogados dizem que o cliente atirou em duas pessoas na manhã de domingo (16) para se defender e proteger seu pai, que havia sido agredido. O crime aconteceu por volta das 7h na Rua Itapevi, no Jardim Centro-Oeste.

Willian diz ser motorista de aplicativo e narra que chegou em casa por volta das 2h. Irritado com o som alto e sem conseguir descansar, mais tarde ele foi à casa de Lucas para tirar satisfação. O pai do assassino confesso teria interferido e mandou que o filho saísse de lá, uma vez que vítima e autor já tiveram outras desavenças.

Ainda na versão de Willian, ele viu pelo retrovisor o pai sendo agredido e todo ensanguentado. Não pensou duas vezes, deu meia volta, pegou um revólver calibre 38 que mantinha debaixo do banco do carro e atirou.

Arma usada no crime foi entregue pelo assassino à polícia (Foto: Marcos Maluf)
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