Capital

Defesa pede liberdade para médico que matou ao dirigir embriagado

Acidente aconteceu na madrugada de domingo, na BR-163. Edson de Arruda Alves teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia

Geisy Garnes | 05/09/2018 12:20
Acidente aconteceu na BR-163, próximo a Uniderp Agrária (Foto: Divulgação)
Acidente aconteceu na BR-163, próximo a Uniderp Agrária (Foto: Divulgação)

A defesa do médico Edson de Arruda Alves entrou com o pedido de revogação da prisão preventiva, que o manteve detido desde segunda-feira (3). No documento, as advogadas do responsável pelo acidente que matou Márcia Martins Honório, 37 anos, defendem que a prisão pode ser substituída por medidas cautelares, como o pagamento de fiança.

Preso em flagrante na madrugada de domingo (2), o médico teve a prisão preventiva decretada no dia seguinte, ao passar por audiência de custódia. Na decisão, a juíza Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli, afirmou que ainda não há um laudo comprovando a forma em que o acidente aconteceu e “por segurança o melhor é deixá-lo preso”.

O pedido de liberdade foi enviado ao juiz da 5ª Vara Criminal Residual da Comarca de Campo Grande, nesta terça-feira (4). Alegando que o médico foi preso pelos crimes de homicídio e lesão corporal culposa, a defesa alegou ser “perfeitamente possível a aplicação da fiança”.

Ainda segundo a defesa, qualquer medida cautelar seria “adequada e suficiente “ e por isso Edson deveria ter a prisão revogada. Nesta quarta-feira (5), o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) se manifestou contra a liberdade do médico, afirmando que as medidas cautelares não são proporcionais à gravidade do acidente.

O juiz ainda não se manifestou sobre o pedido.

Edson de Arruda Alves durante a audiência de custódia na segunda-feira (Foto: Bruna Kaspary)

O caso - Servidor da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e sócio da Medtrans - empresa médica que presta serviço ao Detran (Departamento Nacional de Trânsito) - Edson foi na madrugada deste domingo (2) depois de ser submetido a teste do bafômetro, que constatou 0,71 miligramas de álcool por litro de ar, valor muito acima do permitido para que o caso não seja crime. Para a polícia, o médico afirmou que havia bebido duas cervejas na casa de uma amigo.

De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o médico conduzia uma Mercedes Benz Sedan em sentido a saída de Três Lagoas quando atingiu a traseira do Fiat Punto, onde estavam a vítima e o namorado, de 37 anos. Com a colisão o veículo rodou e saiu da pista, parando às margens da rodovia.

Ainda conforme os policiais que atenderam a ocorrência, a velocidade da Mercedes era tanta, que mesmo com o acidente o médico não conseguiu parar e atingiu uma carreta que seguia na frente do carro das vítimas.

Na delegacia, os advogados do médico alegaram que o acidente não foi causado pela embriaguez, mas sim pela falta de visibilidade, já que era madrugada e chovia no momento da colisão. A advogada Andrea Flores explicou que o cliente voltava da casa de um amigo, e resolveu ultrapassar uma carreta bitrem.

Ao terminar a manobra e voltar para a pista de sentido a saída de Três Lagoas, atingiu o Fiat Punto, onde a vítima estava. “Ele não viu o carro, quando terminou a manobra e voltou para a pista encostou no Punto”, afirmou.

Segundo a versão do médico, a Mercedes C230 que conduzia também rodou na pista e atingiu uma carreta que seguia na frente ao carro da vítimas.

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