Capital

Defesa de réu pede novo laudo sobre dinâmica de acidente que matou advogada

Advogados alegam que a documentação do veículo onde vítima morreu ao ser atingida, não estava com a documentação em dia

Adriano Fernandes e Geise Garnes | 19/02/2019 19:44
Veículo onde estava advogada e o filho ficou completamente destruído. (Foto: Direto das Ruas)
Veículo onde estava advogada e o filho ficou completamente destruído. (Foto: Direto das Ruas)

Em mais uma tentativa de livrar de uma condenação o estudante João Pedro da Silva Miranda Jorge, réu pelo acidente que resultou na morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, de 24 anos, a defesa do rapaz pediu na justiça um novo exame da dinâmica do acidente.

Os advogados reafirmam que ele é "inocente de todas as acusações" e inclusive sugeriram à justiça outra empresa para dar um novo parecer sobre como ocorreu a colisão, na noite 2 de novembro de 2017.

À justiça eles reforçam que a vitima dirigia com o licenciamento vencido quando houve a colisão e ainda pedem que o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) informe a situação da documentação tanto do veículo quando da vítima, à época do ocorrido. 

Na noite do acidente, por volta da meia noite, o carro onde estava Carolina e o filho de 3 anos, foi atingido pela Nissan Frontier do jovem, no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado. João seguia a 115 Km/h e até mesmo câmeras de segurança flagraram a situação. Ele teria fugido após a batida.

No entanto, a defesa alega que o suspeito ficou no local até a chegada do socorro e reiterou o pedido de quebra de sigilo telefônico da advogada, alegando que ela pudesse estar ao telefone. Contudo, esta não é a primeira tentativa da defesa do estudante de reunir informações que possam sustentar a alegação de que Carolina, contribuiu para o acidente. 

À época do crime, os advogados já haviam até solicitado que o Imol (Instituo Médico de Odontologia Legal) coletasse o sangue de Carolina para apurar se a jovem tinha bebido, depois que um laudo da perícia do acidente, apontou que ela pagou R$ 42,90 com o cartão de débito da mãe para o consumo de um chopp de 500 ml, horas antes da batida. No entanto, o instituto não realizou o teste, pois não possuía os equipamentos necessários

João Pedro da Silva Miranda Jorge, chegando ao presídio na época do acidente. (Foto: Arquivo)

Colisão e morte - O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, por volta da meia noite e meia, do dia 2 de novembro de 2017. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando quando furou o sinal vermelho e o carro foi atingido pela caminhonete do estudante.

Baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia determinou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, em 115km/h.

A alta velocidade causou a morte de Carolina, mas, os peritos concluíram que a “causa determinante” do acidente foi o fato da advogada ter desrespeitado a sinalização. Carolina morreu enquanto recebia atendimento médico.

O filho da advogada, que estava no carro, quebrou a clavícula, mas foi atendido e recebeu alta na Santa Casa. O suspeito se apresentou no dia 4 de novembro na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do Centro, acompanhado pelo advogado Benedito Figueiredo.

Como já estava com mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, João foi detido e transferido para uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil. Após pagamento de fiança de R$ 50,5 mil, a Justiça expediu o alvará de soltura e também determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

No entanto, a decisão foi revogada dias após a soltura. Sem a tornozeleira, João Pedro voltou a poder sair de casa à noite e a poder dirigir.

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