Capital

Defesa de acadêmico estuda entrar com ação criminal contra policial

Viviane Oliveira | 29/03/2011 19:54

Endreo acusa policial por tentativa de homicídio

Mãe de Endreo com o exame em mãos mostra que a bala quase atingiu o coração do estudante. (Foto: Simão Nogueira)
Mãe de Endreo com o exame em mãos mostra que a bala quase atingiu o coração do estudante. (Foto: Simão Nogueira)

A defesa do estudante Endreo Lincoln Ferreira Cunha, 20 anos, analisa a ação de tentativa de homicídio contra o policial civil, José Ângelo de Souza Filho. A afirmação é do advogado José Carlos Trad, que concedeu entrevista esta tarde ao Campo Grande News.

De acordo com o advogado, neste momento a prioridade é defender Endreo dessa a acusação de tentativa de homicídio. “O Endreo agiu dessa forma porque ele corria risco de morte”, disse.

A mãe do acadêmico, Alessandra Tatiana Ferreira, com os exames em mãos diz que na tomografia o tiro não foi de raspão. “O projétil passou a um milímetro do coração”, contou.

Endreo alega que estava em uma festa, iniciou-se uma briga por causa de uma garota. Para evitar mais confusão decidiu ir embora e junto com ele estava o amigo, Vinicius Higa, 21 anos.

Quando já havia saído da festa foi perseguido e agredido por dois policiais, Vinícius Dias Diniz e Matinho Estevão Correia, esse último cursa engenharia na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) junto com ele.

Os dois obrigaram seu amigo a descer do veículo, diante da situação ele seguiu dirigindo em alta velocidade sua caminhonete Dodge Ram de cor preta.

Ao chegar no cruzamento das avenidas Manoel da Costa Lima e Costa e Silva deparou-se com congestionamento devido à saída de veículos do evento que acontecia no estádio Morenão.

Foi neste local que teria acontecido o tiro. Na versão de Andreo à reportagem, ele viu um homem correndo atrás da camionhete e atirando, com medo de morrer, Endreo tentou fugir e bateu em alguns veículos que estavam parados.

“Eu não atropelei o policial e fui arrastando, se fizesse isso com certeza teria o machucado muito, finaliza o acadêmico”.

Acusação - De acordo com o Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) Endreo dirigiu embriagado, carregava uma porção de entorpecente e não seria habilitado para conduzir o veículo.

O acadêmico disse que bebeu no máximo dois copos de cerveja. E não é usuário de drogas.

Quanto à carteira de habilitação, Endreo confirmou que só possui a categoria B, mas a caminhonete, classificada como caminhão pelo tamanho e capacidade de carga, exige a C.

Outro lado - A versão do policial, José Ângelo, foi confirmada por testemunhas. Andreo estava em uma festa perto da universidade e, desde lá, criou tumultos.

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