Capital

Defeito no equipamento, interrompe videomonitaramento no Los Angeles

Flávio Paes | 27/10/2015 18:51
Central de  Monitoramento não está funcionando (Foto:Arquivo)
Central de Monitoramento não está funcionando (Foto:Arquivo)

Seis meses depois de iniciado o videomonitaramento no Bairro Los Angeles, o serviço foi suspenso há 20 dias porque o equipamento apresentou problemas e o conserto depende do processo de licitação em andamento na Secretaria de Administração. 

Segundo o comandante do Policiamento Metropolitano da Capital, coronel Ovelar, os computadores de recepção e gravação das imagens das 25 câmeras instaladas na região apresentaram problemas, depois que queimou o sistema de refrigeração da central, instalada num ônibus adaptado. O ônibus fica estacionado em frente da base da Polícia Militar no Los Angeles.

De acordo com o oficial, mesmo sem o funcionamento da central, a Polícia Militar está mantendo o trabalho de policiamento preventivo e repressivo, com duas motocicletas e uma viatura.
As equipes atuam exclusivamente num perímetro que tem como polo o Los Angeles mas abrange outros 19 bairros marcados pela violência gerada a partir do tráfico de drogas. “ O trabalho tem produzido bons resultados. O índice de criminalidade na região caiu”, assegura.

Ainda assim, a violência não tem dado trégua. No domingo passado, por exemplo, exatamente sob uma das câmeras (que não estão funcionando ) num poste da rede de energia na a Avenida dos Cafezais foi morto Anderson Filiu Silva, 21 anos. A família tinha esperança de que as imagens pudessem ajudar a polícia na prisão do assassino.

Testemunhas contaram que dois homens, usando capacetes, armados com revólveres, disparando em direção a Anderson, atingiram o rapaz na cabeça , além de ferir Naiyara Cristina Gomes Correa, 22, nas costas. Anderson era o principal suspeito da morte do adolescente Marcos Vinícius da Silva Barbosa, 17 anos, no dia 2 de janeiro de 2014,  no Jardim Novo Século. Marcelo Neves, 34, e Antônio Marcos Ferreira Chaves, 33, são acusados de participar do crime.

Projeto

O sistema de videomonitoramento abrange bairros ao redor do Los Angeles, como o Bálsamo, das Meninas, Uirapuru, Centro-Oeste, Canguru, Vespasiano Martins e Mário Covas. Tem um alcance de cinco mil km² .
O projeto foi financiado pelo Governo Federal, que investiu R$ 2,2 milhões na aquisição dos equipamentos; um ônibus adaptado para funcionar como central; além do treinamento de 60 policiais que se capacitaram para operar o sistema. Foram adquiridas também duas motocicletas e uma moto para os deslocamentos das guarnições. As câmeras deveriam estar funcionando desde junho de 2014.

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