Capital

Decreto permite que mototaxistas trabalhem com veículos mais antigos

Onda de aplicativos de corrida estremeceu categoria, que reivindicou poder trabalhar com motos fabricadas há 8 anos

Izabela Sanchez | 06/02/2020 09:34
Ponto tradicional de mototáxi na Avenida Afonso Pena em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)
Ponto tradicional de mototáxi na Avenida Afonso Pena em Campo Grande (Foto: Kisie Ainoã)

A chegada das empresas de aplicativos de transporte em Campo Grande balançou o setor de táxis e mototáxis, em queda ao menos desde 2017. Agora, a categoria espera reverter um pouco esse balança, com o aumento do tempo útil permitido aos veículos de trabalho. Alteração em decreto permite que mototaxistas conduzam veículos com até oito anos de fabricação.

A mudança veio com alteração em decreto de 2001. Antes, o limite era de até cinco anos. Conforme divulgou a Prefeitura, o pedido veio do Sindicato dos Mototaxistas, que alega desgaste menor nas motocicletas, que rodam menos com a perda do serviço abocanhado por empresas de aplicativo.

“Nós estamos há uns anos tentando aumentar esse tempo, porque com a vinda dos aplicativos, o número de quilômetro rodado por dia diminuiu muito. Às vezes, em até 70%. Isso também causa um desgaste menor na moto, não precisando que haja essa troca mais rapidamente”, disse o presidente do Sindicato, Durvair Caburé, conforme divulgou o executivo.

O novo decreto alterou o artigo 18 e afirma que a permissão é concedida desde que o veículo tenha sido autorizado por vistoria da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). O novo decreto foi divulgado nesta quinta-feira (6) no Diário Oficial de Campo Grande.

Novo aplicativo - Começa a funcionar a partir do dia 13, em Campo Grande, o aplicativo Picap para transporte de passageiros de motocicletas. A empresa chega com a promessa de renda extra aos condutores, semelhante aos vários aplicativos de carro, e oferece corridas gratuitas logo no seu primeiro dia de operação.

Nas ruas, mototaxistas ouvidos pelo Campo Grande News dizem que já esperavam a chegada da novidade, mas preveem rejeição dos usuários. A questão da segurança no trânsito é o fator mais citado pelos profissionais para justificar o motivo, segundo eles, pelo qual o aplicativo não deve se popularizar na Capital.

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