Curso tem o triplo de interessados em aprender a ‘pescar’ enxame a custo zero
Previsto para 20 vagas, aula prática no Parque das Nações Indígenas tem a participação de 60 pessoas

O interesse em conhecer sobre abelhas surpreendeu a professora do curso aberto ao público de criação racional de abelhas nativas sem ferrão, a zootecnista da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Jovelina Maria de Oliveira. Previsto para ter 20 vagas, teve que ser improvisado com o triplo de interessados neste domingo (30). Foram 60 pessoas inscritas na hora.
“A participação está sendo muito boa. Qualquer pessoa pode criar abelha sem ferrão. O problema é se criação fica perto de local com agrotóxico. Como nas cidades não tem isso, dá para fazer a criação. Aqui em Mato Grosso do Sul os recursos são abundantes”, afirmou Jovelina.
A Agraer oferece o curso para todo o Estado. A pessoa do interior pode solicitar a aula pelo escritório da agência. Não há custo. O interessado tem que apenas levar uma garrafa pet para ‘pescar’ um enxame.

“As próximas orientações serão em maio com uma visita guiada. Vamos abrir as espécies. As caixas foram trazidas em dezembro e janeiro. O desenvolvimento está sendo satisfatório. Quem quer criar por hobby ou que não pretende vender, precisa fazer licença na Iagro. Já quem quer vender precisa registrar no Ibama. O custo é zero se você conseguir fazer a 'isca' de um enxame. Caso for comprar, aí varia o preço de espécie para espécie”, explicou.
O aposentado, Orlando Carvalho Hoffman, participou da aula mesmo fazendo a criação de abelhas há dois anos onde mora, em uma chácara na Capital. “Estou aprendendo coisas novas aqui. Eu tinha algumas espécies, mas duas morreram e só uma ficou. Hoje eu aprendi o motivo. É muito importante o curso, porque nos orienta muito”.
Já o médico Vinícius Rocha, 35 anos, participou para entender mais sobre o assunto. “Eu gosto de fazer essas coisas por hobby. A orientação está sendo boa e o custo é baixo. Quero vir depois fazer a visita guiada. E pretendo voltar de tarde. A ideia é criar no meu jardim e já peguei os contatos para ter o auxílio”, destacou.