Capital

Cruz peregrina chega ao Presídio de Segurança Máxima

Luciana Brazil | 26/06/2012 16:52
Detentos carregam a Cruz para dentro do presídio. (Fotos:Pedro Peralta)
Detentos carregam a Cruz para dentro do presídio. (Fotos:Pedro Peralta)

Entre cantos e orações, a Cruz peregrina e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial dos Jovens (JMJ), chegaram na tarde de hoje ao presídio de segurança máxima de Campo Grande.

A visita, destinada àqueles que estão privados da liberdade e cumprem pena pelos crimes cometidos, foi organizada pela Pastoral Carcerária. De acordo com o bispo auxiliar de Campo Grande, Dom Eduardo Pinheiro da Silva, a Cruz simboliza mais do que o amor de Jesus por nós, mas também o amor que devemos ter com os outros.

“A visita da Cruz a locais de dor e sofrimento faz parte da mensagem primordial de Jesus que é levar o amor às pessoas. Esse momento também nos faz recordar que todos somos filhos de Deus”.

Para Flavio Piffer, um dos coordenadores do “Bote Fé” - evento que prepara os jovens para a Jornada Mundial com o Papa Bento XVI - o objetivo é levar a Cruz às pessoas que passam por dificuldades.

“Essas visitas, como a do lixão, é também para chamar a atenção dos cristãos que se não houver amor, nada tem sentido. O amor pela Cruz nos faz ter amor pelo irmão que carrega uma cruz, como esses que estão aqui”, disse Dom Eduardo.

Ícone de Nossa Senhora é carregado por voluntários.

Esperança: Esperando na porta do presídio para visitar o esposo que cumpre pena por homicídio, uma mulher que preferiu não se identificar, disse que já sabia da visita da Cruz e juntando as mãos em ato de oração, fez uma prece. “Eu espero que esse momento possa levar um pouco de Deus para o meu marido e para todos os outros. Que a gente possa ter mais paz e amor”, afirmou.

Barrados na visita: Ainda sem uma explicação para a falta de autorização, a imprensa, presente no presídio para relatar o encontro dos presos com os símbolos da Jornada Mundial, foi impedida de registrar a visita, que segundo o bispo auxiliar era uma das mais importantes peregrinações da Cruz em Campo Grande.

O diretor do presídio, coronel Claudio Luiz de Oliveira, afirmou por telefone, a um dos coordenadores do “Bote Fé”, que agilizaria a liberação dos que haviam sido barrados, mas a imprensa ainda assim não conseguiu entrar.

A equipe do Campo Grande News entrou até o portão principal do presídio e conseguiu flagrar o momento em que os detentos ajudavam a carregar a Cruz para a área interna do local.

Fica, então, no imaginário de todos nós como foi a visita aos presos.

Peregrinação: Os símbolos seguem ainda hoje para a aldeia indígena Darcy Ribeiro. às 19 horas será celebrada uma missa de envio da Cruz e do Ícone para a Diocese de Coxim.

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