Capital

CRO vai investigar dentista que assinava atestados de óbitos falsos

Marco Aurélio Dorsa foi preso por assinar carimbo falso de médico para assinar atestados de morte natural

Bruna Kaspary | 19/10/2017 10:59
Dentista e agente funerário foram presos na noite desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)
Dentista e agente funerário foram presos na noite desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)

Em nota, o CRO (Conselho Regional de Odontologia) de Mato Grosso do Sul se pronunciou hoje a respeito da conduta de Marco Aurélio Dorsa, 54, dentista preso por falsificar atestados de óbito. Ele, que responderá por exercício ilegal da profissão de médico, poderá também ter o registro profissional cassado.

Segundo a nota, será aberto um inquérito ético, que levará em conta também o que é discutido pelo inquérito comum, uma vez que o delito não foi feito durante o exercício da odontologia. As investigações do conselho irão penalizar Dorsa pela incompatibilidade da conduta dele em relação à profissão de dentista.

"Ele não tem competência para atestar a morte de alguém, ele não é legista", afirma o delegado que apurou a denúncia do médico vítima de Dorsa, Hoffman D'ávila. O dentista e o agente funerário Anderson Ferreira de Souza, 35, foram presos depois que um médico, que teve o carimbo falsificado para assinatura desses atestados.

"A gente está lidando com vida e a dor das famílias, para um dentista irresponsável atestar essa morte", conclui o delegado. Caso o inquérito do CRO atribua a pena para casos mais graves, o dentista poderá perder o registro profissional.

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