Capital

CRM pune com suspensão atual superintendente municipal de Saúde

Edivaldo Bitencourt e Renan Nucci | 10/10/2014 15:18

O CRM/MS (Conselho Regional de Mato Grosso do Sul) suspendeu, por 30 dias, o médico Virgílio Gonçalves de Souza Júnior, atual superintendente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande). Ele deverá ficar afastado das atividades profissionais o dia 13 deste mês até o dia 11 de novembro deste ano, conforme edital publicado nesta sexta-feira nos jornais.

Conforme o órgão, o médico violou o artigo 29 do Código de Ética Médica – Resolução CFM (Conselho Federal de Medicina) nº 1246/88 - fatos estes também previstos no artigo 1º do atual CEM (Conselho Estadual de Medicina/Resolução CFM nº 1931/2009).

O Código prevê que “comete delito ético o médico que, quando em atividade assistencial, assume conduta que não encontra respaldo na literatura técnico profissional, mesmo que não contribua para o óbito do paciente”.
Segundo a assessoria de imprensa do CRM/MS, a pena aplicada a Virgílio é a segunda maior que um médico pode receber, ficando atrás apenas da cassação do direito de exercício da profissão.

Virgílio reagiu com indignação à condenação do CRM/MS. Ele a classificou com o arbitrária e de ter sido aplicada durante a fase de recurso. “Sou médico concurso há 22 anos e nunca tive nenhum processo”, destacou.

Ele anunciou que acionou seus advogados para tomarem as providências contra o Conselho Regional de Medicina, porque não respeitou todos os trâmites burocráticos. Ele destaca que sua defesa não foi respeitada.

Virgílio explicou que o caso se refere a uma criança, que foi atendida no Hospital El kadri, quando ele era chefe do serviço, e tinha uma síndrome rara. Ele destacou que a criança foi mantida viva no CTI (Centro de Terapia Intensiva) até a transferência ser realizada para o Hospital Regional Rosa Pedrossian, onde a menina foi a óbito.

O superintendente frisou que 17 médicos participaram dos esforços para salvar a criança na época. “Foi muito esforço”, frisou. Ele disse que a família ficou inconformada e ingressou com ação. No entanto, ele garantiu que obteve duas vitórias e só foi condenada na terceira, mas a decisão ainda cabia recurso.

Apesar da condenação pública, Virgílio ressaltou que a penalidade não compromete o seu trabalho na Secretaria Municipal de Saúde.

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