Capital

Crimes envolvendo adolescentes sob efeito de drogas aumentaram na Capital

Graziela Rezende | 16/05/2014 09:53
Jardineiro foi morto com golpes de facão por adolescentes. Foto: Simão Nogueira
Jardineiro foi morto com golpes de facão por adolescentes. Foto: Simão Nogueira

O número de crimes envolvendo adolescentes, em sua maioria sob efeito de drogas, aumentaram em Campo Grande. Estatísticas da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude) apontam que, de janeiro a 12 de maio deste ano, 880 menores infratores se envolveram em crimes. O número é 2,2% maior que em 2013, quando 861 adolescentes foram penalizados no mesmo período.

“O crime, infelizmente, faz parte do meio social. Muitos adolescentes já acordam envolvidos nesta prática e ainda temos a droga como o grande gargalo da criminalidade. Posso inclusive dizer que 80% das ocorrências tem o consumo de entorpecente que resulta em furtos, tráfico de drogas, roubos e até homicídios”, afirma a delegada Rozeman de Paula, titular da Deaij.

Aliado a este problema, segundo a delegada, ainda temos o desentendimento familiar. “A presença de pai e mãe e uma política pública efetiva para combater o uso de entorpecente poderiam reduzir significativamente estes números. Porém, fizemos uma retrospectiva desde 2009 até 2012 e os números em geral vem decrescendo aos poucos”, finaliza a delegada.

Assassinato - Em Campo Grande, um crime bárbaro ocorrido há quatro dias chocou a população. O jardineiro Pedro Sebastião de Souza, 59 anos, foi morto com golpes de facão na cabeça, em sua residência no Jardim Panorama.

A princípio, a hipótese policial era de que a vítima teria sido roubada porque estava com uma quantia de dinheiro do “jogo do bicho”. No entanto, as investigações culminaram na apreensão de quatro adolescentes. Dois de 14 e dois de 16 anos. Eles abordaram a vítima na rua, por volta das 22h30 da segunda-feira (12), o agrediram e em seguida levaram até a sua casa.

Após vasculhar o local, os adolescentes levaram apenas um celular e R$ 0,50. O detalhe é que dois infratores, 1h30 antes, estavam em um culto evangélico no Jardim Noroeste. Agora a Polícia aguarda a decisão judicial para a internação dos adolescentes.

Para o latrocínio, a pena máxima de internação é de três anos, a ser cumprida em uma Unei (Unidade Educacional de Internação).

 

 

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