Covid-19 já é principal causa de internações em leitos de UTI na Capital
Casos confirmados ou suspeitos respondem por cinco em cada nove hospitalizados em camas críticas da rede pública
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Pela primeira vez desde a escalada nas internações hospitalares em Campo Grande por causa da pandemia de novo coronavírus, os leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) têm mais pacientes confirmados para a doença ou sob suspeita do que por outras causas.
A taxa de ocupação global das 234 unidades críticas é de 96%, segundo boletim de hoje (26) da SES (Secretaria Estadual de Saúde). Do percentual, 43% são pacientes da covid-19 e 7% pessoas com suspeita de infecção. Agora minoria, os 46% restantes são ocupados por pessoas com outras enfermidades.
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Há duas semanas, a taxa de ocupação global de leitos de UTI na macrorregião de Campo Grande era de 77%. Pacientes com novo coronavírus ou suspeita de infecção pelo Sars-CoV-2 respondiam por menos de metade desta fração (29%).
Conforme quadro mostrado durante transmissão ao vivo neste domingo, 85 pacientes da covid-19 ocupam leitos públicos de UTI na Capital. A maior parte, 72 pessoas, são residentes de Campo Grande. Os demais são de oito municípios do interior.
O mesmo quadro ainda indica 67 hospitalizados em camas críticas na rede privada, dos quais 61 residentes da Capital, três do interior e três de outros estados.
Com a disparada da doença em pandemia, o Estado tenta abrir novas vagas nos hospitais de Campo Grande. Amanhã (27), dez leitos de UTI serão ativados no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian.
A SES espera liberar outros 18 no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) nesta semana. No início da passada, dez leitos de UTI foram entregues na Santa Casa.
Boletim - Mato Grosso do Sul já soma 21.514 casos confirmados de covid-19 e 305 mortes em decorrência da doença. São 8.427 casos só em Campo Grande, onde morreram 95 pessoas até ontem.