Capital

Cotolengo diz que Prefeitura ainda não renovou convênio e pode fechar as portas

Nadyenka Castro e Mariana Lopes | 26/02/2013 16:19
Pessoas com paralisia cerebral em atendimento na Cotolengo. (Foto: Pedro Peralta)
Pessoas com paralisia cerebral em atendimento na Cotolengo. (Foto: Pedro Peralta)
Padre Braz Ricardo fala que secretário prometeu, mas, ainda não cumpriu. (Foto: Pedro Peralta)

O atendimento a 30 pacientes já está suspenso por tempo indeterminado. Agora, ainda sem a renovação do convênio com a Prefeitura de Campo Grande, a Cotolengo ameaça fechar as portas e prejudicar diretamente 107 pessoas, sendo o total de 80 que recebem atendimento e 27 que lá trabalham.

O presidente da instituição filantrópica, padre Braz Ricardo, explica que há três anos recebia R$ 4 mil mensais da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), que são utilizados para pagar os 27 funcionários e na manutenção de veículos e combustíveis. Os automóveis são usados para buscar e levar 30 pacientes diariamente.

Agora, com o fim do convênio, o atendimento de 30 pacientes já está suspenso por tempo determinado e a instituição pode parar também todos os demais. Os funcionários já estão em aviso prévio. “Vamos aguardar alguns dias para ver se a questão será resolvida conforme prometido, caso contrário paramos e retornamos só com contrato assinado”, afirma o padre Braz Ricardo.

Ele explica que após a situação ter se tornado pública, o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, esteve na instituição no fim da manhã dessa segunda-feira e se comprometeu a assinar o acordo com a Cotolengo, mas, sem previsão de data para envio de recursos. “Por enquanto é só promessa”, fala o padre, que lembra que o chefe da Saúde municipal disse que a renovação seria “imediata”. “Essa foi a palavra usada, nós não sabemos a data”.

A Prefeitura de Campo Grande foi questionada sobre o convênio, mas, até o fechamento desta matéria não havia dado retorno.

A instituição – A Cotolengo fica no bairro Mata do Jacinto, é filantrópica e atende a pessoas entre dois e 30 anos com paralisia cerebral. São, em média, 80 pacientes, sendo que 30 ficam o dia inteiro e o restante fazem apenas atendimentos clínicos de fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional.

Esses 30 pacientes fazem atividades lúdicas em prol de aprendizado de cores, formas e números, têm higienização e alimentação três vezes ao dia.

A coordenadora clínica, Janaina Colombo, diz que as atividades são importantes para os pacientes aprender a reconhecer cor, letras, tamanho e números, “tudo com muito estímulo”.

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