Capital

Córrego invade área de ONG, que pede solução da Prefeitura

Luciana Brazil | 18/02/2013 08:49
Mario mostra a estrutura com fendas por causa da água. (Fotos:Luciano Muta)
Mario mostra a estrutura com fendas por causa da água. (Fotos:Luciano Muta)

Responsável por atividades sociais com crianças do bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, a ONG Cica – Centro de Integração da Criança e Adolescente – enfrenta há mais de um ano o acumulo de água do córrego Bálsamo, que passa na lateral da entidade. A água, que já não percorre mais seu curso normal por causa do assoreamento na região, fica acumulada e chega pela grama, já no espaço de convivência da ONG.

O que era verdinho, parece ter se transformado em areia movediça e a estrutura do prédio já está danificada, segundo o coordenador da instituição, o assistente social Mario de Freitas.

A calçada, construída para evitar que a água transborde no local, já ostenta uma fenda na construção.
Um lugar agradável, a chácara tem aproximadamente 2,5 hectares e o pedaço do córrego, área de preservação ambiental, passa por dentro da propriedade.

“Essa parte do córrego faz parte do terreno. É uma área de preservação”, confirma Mario. O terreno da chácara é fruto da doação de uma empresa da Capital.

Há muitos anos não é feita uma limpeza na área, como conta Mario. “Se estivesse assim, mas viessem cortar a vegetação, já ajudava”.

O problema da água trouxe outras correntezas. O lugar, que atende 180 crianças de 7 a 15 anos, passou a ser moradia de cobras, mosquitos e lagartos, além de outros bichos.

 

Parte do córrego assoreado traz problemas a ong.
Nos dias de chuva a área fica alagada, diz coordenador.

Mario lembra que antes do assoreamento a vegetação era bem mais baixa e o rio seguia seu leito. Hoje a vegetação está imensa.

O coordenador explica que nos dias de chuva o local fica totalmente alagado. Para ele, o problema é resultado das obras do Complexo Bálsamo. “Depois que construíram uma avenida e começaram as obras sem fazer a drenagem, o problema surgiu. Isso já tem alguns anos”, se revolta.

O que deveria ser preocupação na ONG ficou de lado. A horta precisou ser desfeita, já que as capivaras começaram a frequentar o centro e a comer tudo que tinha na horta.

As duas manilhas que canalizavam o rio na rua Nair Castro, esquina da Cica, foram substituídas por apenas uma, conforme Mario. Segundo ele, a mudança foi há oito anos e só piorou a situação.

No início deste de 2013, os responsáveis pela instituição foram até a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para pedir uma limpeza, além de uma solução.

Até o momento, Mario afirma que não houve resposta e a preocupação é com os riscos de uma inundação, principalmente neste período de chuva. “Temos medo dos bichos também. É um lugar cheio de crianças e direto a gente ve cobra passando por aqui. Isso não era assim antes”.

A ong trabalha há 15 anos oferecendo atividades no contra-turno escolar das crianças. O projeto se mantém por meio do convênio com a prefeitura, além de receber doações.

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