Capital

Coordenadora do Marco depõe nesta tarde sobre quadro apreendido

Apesar de estar no Marco desde junho, só ontem (14) a obra gerou denúncia

Guilherme Henri | 15/09/2017 10:34
Delegado Fábio Sampaio, da Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: Andrré Bittar)
Delegado Fábio Sampaio, da Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolescente (Foto: Andrré Bittar)

A Polícia Civil ouve na tarde desta sexta-feira (15) a coordenadora do Marco (Museu de Arte Contemporânea) Lucia MontSerrat sobre o quadro “Pedofilia”, apreendido por fazer apologia ao crime, segundo o delegado Fabio Sampaio, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente).

Apesar de estar no lugar desde junho, só ontem (14) a obra gerou denúncia à polícia, por deputados estaduais que enxergaram apologia à pedofilia.

De acordo com o delegado, além da coordenadora, a polícia também irá ouvir a artista plástica mineira Alessandra Cunha Ropre. “Entraremos em contato para saber qual a disponibilidade dela em vir a Campo Grande. Caso, ela não tenha o depoimento será feito por meio de carta precatória, ou seja, enviaremos a solicitação à polícia de minas para que a interrogue e nos envie posteriormente a transcrição”, explica.

Pais e adolescentes que viram a exposição antes do indicativo de idade mudar para maiores de 18 anos também deverão ser interrogados. “Esperamos concluir em até trinta dias esta investigação”, estima o delegado.

Policiais civis durante apreensão do quadro "pedofilia" ontem (14) no Marco (Foto: Marina Pacheco)

Polêmica - O movimento contra a exposição “Cadafalso”, da artista foi o centro de acalorados debates na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, de quinta-feira (14). Os deputados classificaram a obra da artista como promoção “de sacanagens e desrespeito à família e aos bons costumes”.

A exposição da artista mineira, que segundo os parlamentares apresenta entre outras coisas cenas de pedofilia e de masturbação, está no Marco desde o mês de junho, mas só agora os parlamentares deram conta do seu conteúdo, a poucos dias do encerramento previsto para o dia 17 deste mês.

Quem levantou o tema na Assembleia Legislativa foi o deputado Lídio Lopes (PEN). Ele disse que questionava uma exposição do Santander Cultural, em Porto Alegre, que acabou cancelada sob a acusação de fazer promoção de pedofilia, zoofilia e blasfêmia.

No término da sessão três deputados Paulo Siufi (PMDB), Herculano Borges (Solidariedade) e Coronel David (PSC) denunciaram a exposição formalmente na Depca (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente.

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