Capital

Contra mortes frequentes, manifestantes fecham BR-163 por uma hora e meia

Protesto ocorreu de 18h às 19h30; ontem, rapaz de 33 anos morreu atingido por caminhão

Por Lucia Morel | 28/01/2025 19:37
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Protesto de moradores do bairro Jardim Noroeste e de familiares do motociclista morto em acidente ontem à noite na BR-163, em Campo Grande, pede mais segurança e semáforos no cruzamento onde ocorreu o acidente. Dezenas de pessoas fecharam trecho da rodovia na altura da entrada do bairro, ao lado da rua Água Azul, km 484, onde Roger Almeida foi atingido por um caminhão-baú.

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Moradores do bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, protestaram na BR-163 após a morte de um motociclista em um acidente. Eles pedem mais segurança e semáforos no cruzamento onde ocorreu a colisão. A manifestação fechou a rodovia por 1h30 e só foi liberada após a CCR MSVia, responsável pela via, se comprometer a buscar uma solução. Os moradores relatam mortes e ferimentos frequentes no local e exigem sinalização adequada, como quebra-molas e semáforos.

O local foi liberado 1h30 depois do fechamento, que ocorreu às 18 horas. Isso depois que o representante da concessionária responsável pela BR-163, a CCR MSVia, falou com os manifestantes por telefone, através da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Marcelo Tezani, diretor de Relações Institucionais da empresa, se comprometeu a se reunir com os moradores e achar uma solução segura em reunião amanhã às 14h.

Uma das lideranças que encabeça a manifestação, o pedreiro Antônio de Jesus, de 56 anos, mora há 18 anos no bairro e cansou de ver pessoas morrendo ou ficando gravemente feridas no local, que fica próximo à unidade Agrárias da faculdade Uniderp. 

Contra mortes frequentes, manifestantes fecham BR-163 por uma hora e meia
Manifestantes segurando cartazes e pedindo segurança na BR-163. (Foto: Juliano Almeida)

Nós não aguentamos perder tantas pessoas aqui. Ontem mesmo o menino morreu aqui, nós chegamos aqui, ele estava respirando, morreu quando eu cheguei aqui. Morreu o outro menino que a carreta passou, cortou o pescoço do menino, morreu aqui também. O outro perdeu a perna esses tempos atrás, então a gente não aguenta mais. É muita coisa aí que está acontecendo, e aqui são 40 mil moradores”, enumerou o morador.

Ele afirma que a manifestação será pacífica, mas muitos dos protestantes quiseram incendiar pneus e garantiam que não iam liberar o trecho sem a presença de representante da concessionária responsável pela BR-163, a CCR MSVia. “Nós estamos precisando de um quebra-molas, um quebra-molas alto, precisamos de um sinaleiro também. 'Ah, mas está fazendo o pontilhão lá'. Vai resolver. Mas até lá, vai morrer gente aqui”, lamenta Antônio.

Silmara Santos, de 36 anos, também moradora, afirmou que não queria fechar a rodovia, mas que a situação está insustentável. “É uma coisa que tá muito, tá passando do limite já, entendeu? A pessoa que morreu é um pai de família, independente ou não, se ele estava errado ou não estava, aqui já tinha que ter uma sinalização”, clamou.

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