Contra Ato Médico e capitalismo, manifestantes voltam as ruas da Capital
Cerca de duzentas pessoas participaram da manifestação contra o Ato Médico e o capitalismo, na noite dessa sexta-feira (28), nas ruas de Campo Grande. A concentração aconteceu na Praça do Rádio e a passeata percorreu a Avenida Afonso Pena até a Praça Ary Coelho e em seguida, retornou ao ponto de partida.
Um dos movimentos, o “Fora Dilma”, reivindicou contra o projeto de Lei conhecido como Lei do Ato Médico, que estabelece como atividades exclusivas dos graduados em medicina a formulação de diagnósticos, a prescrição terapêutica e a realização de cirurgias e procedimentos invasivos.
“Estão monopolizando a saúde. O paciente precisa passar por uma consulta para depois ser atendido pelo especialista que ele precisa”, diz a enfermeira Marly Fernandes, que diz que o texto diz ainda que só os médicos podem assumir cargos de chefias nos Postos de Saúde.
O “Fora Dilma” foi organizado através das redes sociais, depois de uma reunião que a categoria realizou na última quarta-feira (26), no Conselho Regional de Psicologia em Campo Grande.
Integrantes do Movimento Popular, que levou milhares de pessoas para rua na semana passada, também voltaram para as ruas. “ No final da passeata nós nos unimos ao outro grupo. Estamos convocando Assembleia para amanhã às 17h com todos os profissionais da cidade”, explicou a acadêmica de psicologia, Priscila Lorenzim, de 21 anos.
Segundo ela, o objetivo é tirar das ruas e colocar no papel as reivindicações de profissionais de todas as áreas. “ Iremos discutir e chegar a uma proposta concreta para depois, apresentarmos as autoridades”, conclui.
O terceiro ato que marcou a sexta-feira de protesto foi contra a violência capitalista. O grupo manifestou contra a violência e se mostrou a favor da demarcação das terras indígenas, paz na periferia e respeitos aos homossexuais.
A manifestação pacifica, terminou por volta das 20h.