Capital

Concluído inquérito sobre assassinato de mulheres no Tijuca

Nadyenka Castro | 31/01/2011 10:47

Documento será entregue no Fórum sem o laudo da reconstituição

Na reconstituição do duplo homicídio, autores disseram que vítimas tiveram as mãos amarradas ainda na sala.(Foto: João Garrigó)
Na reconstituição do duplo homicídio, autores disseram que vítimas tiveram as mãos amarradas ainda na sala.(Foto: João Garrigó)

Já está concluído o inquérito sobre o duplo de homicídio de Cláudia Araújo Mugnaine, 34 anos, e Regina Bueno França, 40 anos, ocorrido em 1º de dezembro do ano passado, no Jardim Tijuca, em Campo Grande. As duas foram degoladas com uma mesma faca.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Daniel Rodrigues da Silva, o documento já está relatado e será entregue no Fórum na tarde de hoje.

O laudo sobre os crimes, elaborado a partir da reconstituição, ainda não ficou pronto e será entregue posteriormente, por ofício, assim como as informações sobre a quebra de sigilo telefônico das vítimas e dos suspeitos.

De acordo com a Polícia Civil, as amigas foram mortas a mando de Éder Rantagne Cassedo, que de dentro do presídio, deu a ordem para o crime. A Polícia aponta como executores do duplo homicídio Weber de Sousa Barreto, o “Ebinho”, 23 anos, e Cristian Rantagne Cassedo.

Weber afirma que levou Cristian até o local, sabia que as duas seriam mortas, mas não executou nenhuma. Já Cristian diz que ele matou Regina e o comparsa, Cláudia.

O advogado de Weber, Abadio Rezende, apresentou à imprensa o laudo da perícia sobre o local do crime, feito a partir de informações colhidas quando os corpos foram encontrados, que diz que as manchas de sangue e as pegadas na residência "sugerem que os golpes fatais foram executados por uma mesma pessoa nas duas vítimas".

Éder nega envolvimento no crime. Segundo a Polícia Civil, ele mandou matar as duas porque teria descoberto que foi Regina a responsável por ele voltar à prisão. Ele estava foragido e ela o teria denunciado.

Já Cláudia teria sido morta porque era muito amiga de Regina e teve um relacionamento amoroso com Weber.

Outra envolvida no crime, conforme a Polícia Civil, é a esteticista Lorraine Rory Silva, que na época em que Éder estava foragido, era namorada dele. Ela teria facilitado a ação dos autores.

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