Capital

Comerciantes cobram fechamento de rua para Mercadão ganhar calçadão

Elverson Cardozo e Kleber Clajus | 13/04/2014 10:51
Entrada pela 15 de novembro tumultua o trânsito, dizem os comerciantes. (Foto: Simão Nogueira)
Entrada pela 15 de novembro tumultua o trânsito, dizem os comerciantes. (Foto: Simão Nogueira)

A Associação dos Comerciantes do Mercado Municipal de Campo Grande cobrou mais uma vez mudanças na região para acabar com problemas no trânsito. Na manhã deste domingo, o vice-presidente da entidade, Cleuber Linhares, de 42 anos, apresentou ao prefeito Gilmar Olarte (PP) uma lista de sugestões, durante visita do progressista ao centro comercial e turístico, com projetos que há muito esperam sair do papel.

Entre as revindicações, estudadas desde 2008, está o fechamento do acesso ao prédio pela rua 15 de Novembro e também de trecho da Rua 7 de Setembro, para que se crie um calçadão para mais quiosques de comidas típicas. As entradas para o Mercadão, neste caso, seriam concentradas na Avenida Noroeste, em frente ao Colégio Oswaldo Cruz.

Como justificativa para mudança, está a reorganização do trânsito, tumultuado durante os horários de pico. A maior confusão ocorre na 15 de Novembro, entre Calógeras e Noroeste. O motorista encontra um traffic calm (quebra-moles de proporção maio), que ainda tem uma faixa de pedestres, o que obriga a redução da velocidade.

Para complicar mais, cerca de 5 metros depois fica a entrada do estacionamento do Mercadão à esquerda e na sequência um semáforo. No fim da tarde ou meio-dia, o fluxo acaba ficando bem complicado por conta disso.

Gilmar Olarte afirmou que já existe uma emenda de R$ 1,5 milhão, dos senadores Delcídio do Amaral (PT) e Waldemir Moka (PMDB), para obras de ampliação e revitalização do espaço. Contudo, é preciso fechar e encaminhar o projeto até junho para que não se perca o recurso.

Ampliação deve resolver o problema da falta de espaço, especialmente nas lanchonetes. (Foto: Simão Nogueira)

“Precisamos agir rápido”, disse, ao comentar que também defende uma ação de revitalização para melhoria da praça logo á frente, onde índias vendem produtos das aldeias.

Ficou a cargo do vereador Paulo Siufi (PMDB), que acompanhava o prefeito, a articulação para realização de uma audiência pública para debater o assunto.

Vale ressaltar que, no ano passado, o Mercadão passou por uma revitalização que custou R$ 801,9 mil. A reforma abrangeu o telhado, piso, banheiros, parte elétrica e de combate ao incêndio.

Para os comerciantes, a ampliação, se acontecer, vai dar outra cara ao espaço e consolidá-lo ainda mais como um dos pontos turísticos mais conhecidos e visitados de Campo Grande.

Prefeito Gilmar Olarte em visita ao Mercadão. (Foto: Cleber Gellio)

Com a mesma banca de condimentos, produtos medicinais e farináceos há 38 anos, Hiroshi Utinoi, 80, é um dos veteranos no local que apoia a obra e está animado com a notícia da possibilidade de nova reforma que, na avaliação dele, "vai garantir mais conforto aos visitantes".

Moradora de Cuiabá, a costureira Dirce Marino, de 65 anos, estava no Mercadão pela primeira vez, acompanhada da filha, a engenheira Aline Garcia, de 45 anos e do genro, o técnico de segurança do trabalho, Márcio de Oliveira, de 32 anos.

Os três foram lanchar e, por falta de espaço, estavam em pé. Dirce comenta que o ideal é que o espaço contasse com mais lugares, o que pode ser possível com a ampliação. Já Márcio destacou a necessidade de lixeiras e lembrou do problema de congestionamento na 15 de Novembro. "Hoje, o grande problema é que congestiona a 15, principalmente, no final de semana, e resolvendo essa questão, vai melhorar o fluxo."

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