Capital

Começa mutirão de limpeza para livrar bairros da dengue e chikungunya

Filipe Prado e Ludyney Moura | 13/11/2014 10:05
Cerca de 6,5 mil casas serão percorridas por 200 agentes da Sesau (Foto: Marcelo Calazans)
Cerca de 6,5 mil casas serão percorridas por 200 agentes da Sesau (Foto: Marcelo Calazans)

A Prefeitura de Campo Grande lançou na manhã de hoje (13), no Bairro Guanadi, um mutirão de limpeza de prevenção a dengue e febre chikungunya. A ação irá percorrer 6,5 mil casas e conta com 200 agentes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

De acordo com a diretora de Vigilância e Saúde da Sesau, Márcia Dal Fabbro, o bairro teve o maior índice de infestação da Capital do mosquito Aedes aegypti, de acordo com o último LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de
Infestação por Aedes aegypti), com 2,3%. Ela contou que dos focos encontrados 75% estavam dentro das residências, 13% em comércios, 2,5% em imóveis públicos e 7,5% em terrenos baldios públicos.

A diretora alertou para a evolução da doença, já que 2% dos casos de dengue e 1% de Chikungunya podem levar à morte. “No caso dos recém nascidos, cerca de 50% dos casos de Chikungunya evoluem para óbitos”, explicou a diretora.

Mesmo com somente um caso confirmado em Campo Grande, Marcia assegurou que o mutirão serve para a prevenção da doença. Ainda advertiu para os casos em que a mesma pessoas é infectada com dengue e chikungunya.

O chefe da equipe de controle de vetores e vigilância em saúde, Alcides Ferreira, disse que a intenção da prefeitura é que em 90 dias o mutirão passe por todos os bairros da cidade. “Só quando terminarmos um bairro, vamos começar outro”, explicou, já que quer evitar o acúmulo de lixo, pois a prefeitura não “tem condições de limpar tudo de uma vez só”.

O mutirão da prefeitura será reforçado com homens e maquinário fornecidos pelo Exército e Aeronáutica, conforme o coordenador de assuntos comunitários da prefeitura, Elvis Rangel.

O empresário Valmir Dantas, 27 anos, achou importante a ação no bairro e afirmou que sempre se previne contra as doenças. “Meu terreno é todo calçado e só acumulamos lixo, somente aquele do dia a dia”.

Mesmo com a porcentagem de focos baixa, a dona de casa Catarina Rosa Benites, 28, ficou preocupada com a incidência do mosquito em um terreno baldio ao lado de sua casa. “Muitos moradores jogam lixo lá. É importante passar nas casa, mas também conscientizar quem joga o lixo”, alertou.

“É muito importante cuidar para não ter a proliferação do mosquito”, comentou o aposentado Nelson Luis de Oliveira, 67.

A prefeitura pediu para os moradores do Bairro Guanandi retirem todos os materiais que possam acumular água e acumulem em frente às casa, mas não entulhos e galhos de árvore. Quem não manter o terreno limpo pode ser multado em R$ 1,728,50 até R$ 6,884.

Maria Dal Fabro afirmou que 50% dos casos de Chikungunya em recém nascidos levam a morte (Foto: Marcelo Calazans)
Em 90 dias o mutirão deve acabar, relatou Alcides (Foto: Marcelo Calazans)
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