Capital

Comando da PM vai processar autores de denúncia contra a Cigcoe

Aline dos Santos e Ítalo Milhomem | 01/04/2011 10:39
Segundo comandante, PM vai processar autores de denúncia. (Foto: João Garrigó/Arquivo)
Segundo comandante, PM vai processar autores de denúncia. (Foto: João Garrigó/Arquivo)

O comandante-geral da PM (Polícia Militar), Carlos Alberto David dos Santos, afirmou que vai acionar a PGE (Procuradoria Geral do Estado) para processar os autores da denúncia de que um adolescente de 16 anos desapareceu após abordagem da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), em Campo Grande.

O rapaz foi localizado na madrugada de hoje, na casa de amigos, por policiais da companhia. “Vou orientar os policiais que fazem parte da guarnição para ingressarem na justiça, para reparar o dano causado a honra deles”, afirma o comandante.

De acordo com o coronel, também será apurada a conduta dos membros da Comissão dos Direitos Humanos. “Sem base segura, acusaram a PM”. Ele retorna hoje de São Paulo, onde participou de reunião do conselho nacional dos comandantes-gerais. “Antecipei o meu retorno diante dessa situação, pela repercussão que o fato tomou”.

O comandante explica que o procedimento será utilizado como norma de conduta. “As pessoas que acusarem a PM vão sofrer ação na justiça. As pessoas precisam entender que a PM é instruída, qualificada, capacitada e não age dessa forma”, salienta.

A DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) vai reinquirir as testemunhas que denunciaram o desaparecimento do adolescente. O “sumiço” do rapaz, ocorrido na noite da última terça-feira, foi denunciado por moradores do Jardim Imperial, e por sua mãe Elizângela dos Santos, de 34 anos, mas ontem ele foi localizado no Jardim Anache.

De acordo com a delegada Regina de Brito Mota, serão ouvidos o adolescente, a mãe e as duas testemunhas.

Segundo capitão, adolescente foi abandonado pela mãe. (Foto: Ítalo Milhomen)

Direitos Humanos – Subcomandante da Cigcoe, capitão Marcos Paulo Gimenes afirma que o adolescente está abandonado pela mãe e espera que os Direitos Humanos passe a acompanhar a situação do rapaz.

De acordo com ele, Elizângela tem passagem por rufianismo (explorar prostituição alheia) e registrou diversos boletins como vítima de violência doméstica.

O oficial relata que entrou em contato com os policiais que fizeram a abordagem e esclareceram que o adolescente foi liberado após revista.

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