Com superlotação de UTIs, Capital ultrapassa 100 mil casos de covid
Macrorregião de Campo Grande tem 105% de ocupação; todos os leitos estão ocupados e há excedente de pacientes
Boletim epidemiológico desta quinta-feira (20) indica que a macrorregião de saúde de Campo Grande atingiu 105% de ocupação de leitos de terapia intensiva. Além disso, com a atualização de dados, mais de 100,2 mil campo-grandenses contraíram covid-19 desde o início da pandemia.
Ainda que maior parte (94,9 mil pessoas) tenham se recuperado do vírus, 2.677 não resistiram e morreram da doença na Capital.
A taxa de ocupação inclui estruturas e pacientes de outros 30 municípios que compõe a macrorregião. Maior parte (69%) são casos de pacientes hospitalizados com o coronavírus.
De acordo com a divulgação feita pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), caso haja excedente de capacidade, uma das possíveis justificativas é o uso de unidades hospitalares que ainda não foram habilitados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) mas que são "mantidos pelas secretarias municipais e estadual de saúde".
Em coletiva feita ontem (19), o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, já havia alertado para a falta de leitos hospitalares para casos graves da doença, que na visão dele acontecia por conta de desrespeito à medidas sanitárias, que provocam mais infecções. O boletim divulgado ontem indicava que a região tinha 100% das estruturas - portanto, houve superlotação de 5% em apenas um dia.
100 mil casos - Maior parte dos casos confirmados são de pacientes entre 30 a 39 anos, pouco mais de 23,8 mil, enquanto a faixa etária com mais mortes são os de 70 a 79 anos - 700 óbitos. Apesar disso, pessoas com mais de 90 anos são os que mais apresentaram chance de morte. Foram 114 óbitos em meio a 271 casos - portanto, há uma taxa de letalidade superior a 42%.
Boletim atualizado - Desde o início da pandemia, todo Mato Grosso do Sul confirmou 6.350 óbitos e 271,3 mil casos, sendo que boletim divulgado hoje registrava 1,7 mil infectados e 40 óbitos. Além disso, mais de 1,1 mil pessoas estão internadas e há pelo menos 13,2 mil que ainda não se recuperaram e têm o vírus ativo.
A média estadual de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 102% - portanto, todos os leitos destinados a casos graves de coronavírus estão ocupados e ainda há excedente de 2%.