Capital

Com sacrifício de 8,5 mil cães em 2014, Capital volta a discutir eutanásia

Aliny Mary Dias | 15/08/2014 15:51
Audiência reúne entidades e órgãos públicos da Capital (Foto: Aliny Mary Dias)
Audiência reúne entidades e órgãos públicos da Capital (Foto: Aliny Mary Dias)

A maioria dos cães sacrificados pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) em Campo Grande foram infectados pela leishmaniose. Durante todo o ano passado, foram 16.323 mil cães eutanasiados e nos primeiros sete meses desse ano as mortes chegam a 8.536 mil. Para discutir o assunto, entidades estão reunidas na Câmara Municipal em uma audiência pública sobre a leishmaniose.

Segundo dados do CCZ, dos 8.536 mil animais mortos esse ano, 94,6% deles estavam infectados pela leishmaniose. A grande polêmica é que muitas entidades protetoras dos animais e até profissionais médicos veterinários garantem que a eutanásia não é a saída e se transforma em uma afronta contra os animais.

Diretora do CCZ, Júlia Maksoud, explica que para os setores de saúde não há polêmica, todos seguem normas federais que indicam a eutanásia como procedimento mais adequado. “A situação mais importante é a prevenção e nós seguimos a legislação federal e quem resolve fazer tratamentos paliativos está cometendo crime”, diz.

Pesquisa da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), feita em 2012, aponta que naquele ano Mato Grosso do Sul ocupava a 5ª colocação no ranking dos estados com maior incidência da doença, no ano passado o índice chegou a 17,31%.

Dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), revelam que em Em um ano e sete meses, vinte pessoas morreram em decorrência da doença na Capital.

Participam do debate que deve se estender durante toda a tarde representantes da Superintendência Federal de Agricultura, a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), do CCZ e do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária).

Sintomas - Nos cães os principais sintomas de leishmaniose são emagrecimento repentino e lesões em várias partes do corpo.

Já nos seres humanos ela se manifesta nas formas: cutânea e visceral. Na cutânea aparecem úlceras na pele, enquanto na visceral ocorre febre, debilidade do corpo e comprometimento do fígado e baço, podendo levar a morte.

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