Capital

Com rede pública lotada, prefeitura irá contratar novos leitos da rede privada

Na próxima segunda-feira, Sesau abre chamamento público para hospitais particulares

Mylena Fraiha | 01/04/2023 11:28
Adriane Lopes se reuniu com representantes da Sesau e Ministério Público para resolver problema de falta de leitos (Foto: Reprodução/ASCOM-PMCG)
Adriane Lopes se reuniu com representantes da Sesau e Ministério Público para resolver problema de falta de leitos (Foto: Reprodução/ASCOM-PMCG)

Na próxima segunda-feira (3), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), irá publicar chamamento público para os hospitais particulares da Capital com o intuito de contratualizar novos leitos para atender a pediatria. 

De acordo com a Sesau, o objetivo do chamamento público é ampliar a capacidade de atendimento de pacientes em situação grave pelo sistema de saúde pública da Capital. 

Com a contratação, os novos leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) serão utilizados para desafogar os hospitais que lidam com o atendimento de pacientes pediátricos com dengue e síndromes respiratórias. 

Por meio da assessoria, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) comentou que foi feita reunião prévia com a Sesau e um representante do Ministério Público, na manhã deste sábado (1),  para planejar a aquisição de novos leitos.“Reunidos com a Secretaria de Saúde e representante do Ministério Público, informamos que está tudo sob controle, será aberto esse chamamento para que esses leitos sejam disponibilizados ainda nesta semana. Estamos atentos e cuidando das nossas crianças”, afirmou a prefeita. 

Aumento de casos - Durante a última semana, o Campo Grande News noticiou dois casos de crianças internadas com problemas respiratórios graves, com necessidade de transferência entre hospitais. Entretanto, devido a superlotação nesta época, algumas crianças não conseguiram vagas de forma imediata. 

Em um dos casos, o menino de três anos teve um caso de broncopneumonia e derrame no pulmão, no CRS Tiradentes (Centro Regional de Saúde), aguardando vaga em hospital, e outro de três meses, internado com quadro grave de bronquiolite e broncopneumonia, no Hospital São Lucas. Ambos estavam esperando vaga há quatro dias. 

O garoto de três anos foi transferido ao Hospital Regional, na madrugada de ontem (31). Já o bebê continua no Hospital São Lucas, à espera de vaga, até a manhã deste sábado (01).

De acordo com a Sesau, é comum que logo após o início das aulas haja um crescimento no número de atendimentos nas unidades de urgência e emergência, principalmente em crianças com sintomas respiratórios. 

A secretária acredita que este aumento se dá pelo convívio com outras crianças nas escolas, que amplia a troca de itens pessoais. Além disso, a Sesau ressalta que as variações de temperaturas, comuns durante o verão, também têm provocado o crescimento dos casos de resfriados e gripes entre as crianças. .

Superlotação - Na quinta-feira (30), o Hospital Universitário informou que não há vagas disponíveis no momento, estando com mais de 100% de sua capacidade na ala de tratamento respiratório.

A reportagem também entrou em contato com o Hospital Regional, que informou não ser responsável por conduzir o processo de transferência de pacientes.

Na Santa Casa de Campo Grande, os leitos públicos e particulares estão com 100% de ocupação. Os pacientes que chegam agora têm que permanecer em leitos adaptados. A assessoria do hospital explicou que é comum o aumento de casos de síndromes gripais nesta época do ano, início do outono.

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