Capital

Com recorde em denúncias, Guarda Municipal recebeu mais de 900 ligações

Último fim de semana teve 934 ligações com denúncias ao desrespeito de medidas de isolamento social

Guilherme Correia | 08/06/2020 16:19
Ronda da Guarda Municipal durante toque de recolher. (Foto: Kisie Ainoã)
Ronda da Guarda Municipal durante toque de recolher. (Foto: Kisie Ainoã)

Conforme algumas medidas de isolamento social vão afrouxando e a população fica cada vez mais relaxada na prevenção contra a covid-19, o número de denúncias encaminhadas aos órgãos de Segurança Pública da cidade cresce exponencialmente.

De acordo com boletim diário de ocorrências da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que fiscaliza ruas e estabelecimentos da cidade durante o toque de recolher, o último final de semana registrou 934 ligações referentes ao descumprimento do decreto - um recorde.

Junto desse número, vem também o tempo de espera para o registro da denúncia, o que tem exigido cada vez mais paciência.

No último final de semana, por exemplo, moradora do bairro Guanandi diz que ligou mais de 40 vezes para o número 190, da PM (Polícia Militar), e só conseguiu dormir por volta de 5h da madrugada - também recorreu ao 153 da Guarda, sem sucesso.

"Das 23h até as 5h da manhã, som alto, risadas e conversa alta. Não é a primeira vez, toda semana isso acontece, mas a Polícia nunca vem".

A preocupação dela e de várias outras pessoas, é referente ao aumento na infecção pelo vírus, que é potencializada quando há aglomerações de pessoas, sobretudo em festas.

Já a moradora no bairro Rita Vieira reclama que ficou na fila de ligações e só conseguiu dormir às 3h da madrugada no domingo. "É frequente os moradores da casa aos fundos da minha fazerem festas com música alta e diversas pessoas".

No bairro Parque do Lageado, zona sul da cidade, o morador Marcos Silva se indignou porque mesmo denunciando festa que aconteceu do meio-dia até às 22h, no 190, nenhuma viatura apareceu.

"Lá tinha mais de 60 pessoas e dois carros de som automotivo. Eu e mais cinco moradores ligamos muito para a PM e para Guarda, e tentamos até ligar para o dono do local, que só acabou a festa quando se cansou, de certo".

Na Rua Ismael Silva, na Vila Margarida, um bar tem sido a dor de cabeça de moradores. No fim de semana, por exemplo, uma dona de casa, que pede para não ser identificada, relatou detalhes da situação que enfrentam. “Daqui [de casa] se escuta gritos de criança, entre vozes e música”, afirmou.

Para a moradora, a situação no local piorou com a pandemia. “Parece até que encheu mais de gente durante a pandemia, tem fim de semana que a rua fica cheia de carro”, complementa. Ainda segundo a mulher, ligações foram feitas para a Polícia Militar, mas nenhuma equipe compareceu ao local. 

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