Capital

Com produto em falta, estoque de penicilina pode acabar em três meses

Alan Diógenes | 25/06/2015 15:56
Medicamento deve acabar em três meses nas unidades 24h da Capital. (Foto: Reprodução)
Medicamento deve acabar em três meses nas unidades 24h da Capital. (Foto: Reprodução)

A falta nacional de matéria-prima para a fabricação do antibiótico penicilina benzatina, mais conhecido como benzetacil, também causou efeitos na rede municipal de saúde de Campo Grande. No começo do ano, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) comprou de forma emergencial 5 mil doses do medicamento, apenas para atender gestantes com sífilis, que devem acabar em três meses.

Conforme a Sesau, as doses foram distribuídas nos Centros Regionais de Saúde (CRS) 24 horas. A previsão é de que o estoque acabe em três ou quatro meses, pois o município não está recebendo o antibiótico do Ministério da Saúde desde o primeiro semestre do ano passado.

O problema é que o fornecedor nacional estava com falta de matéria-prima para a produção. Mas, segundo o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém, nos próximos meses, a situação será regularizada, porque um novo fornecedor começou a atuar na distribuição.

“As doses só não foram distribuídas ainda porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) demorou 8 meses para aprovar a atuação do novo fornecedor. Estive reunido com o representante da empresa em Campo Grande e ele me afirmou que em breve o problema vai ser solucionado”, explicou Jamal.

O representante do fornecedor na Capital, que preferiu não ser identificado, afirmou que nos próximos dias 84 caixas do medicamento será encaminhada a uma distribuidora da cidade. Apesar dessa quantidade ser esgotada em meia hora, ele disse que “esse já é um começo; a distribuição vai ser aos poucos, mas logo será normalizada”.

Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que laboratórios produtores realmente alegam dificuldades na produção devido à “escassez mundial no suprimento de matéria-prima”. O órgão afirmou ainda que vem monitorando e acompanhando a produção nacional do medicamento.

Na terça-feira (23), durante comunicado nacional a ministra interina da Saúde, Ana Paula Menezes, disse que o fornecimento do antibiótico deve voltar ao normal em até 15 dias.

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