Capital

Com prazo quase esgotado, secretário alerta empresas sobre fim de coleta

Os considerados grandes geradores precisam se cadastrar para assumir destinação de lixo; Solurb vai deixar de fazer serviço até março

Mayara Bueno | 22/02/2019 15:51
Caminhão de coleta de lixo no prédio da Solurb, em Campo Grande. (Foto: André Bittar/Arquivo).
Caminhão de coleta de lixo no prédio da Solurb, em Campo Grande. (Foto: André Bittar/Arquivo).

Mesmo com o decreto valendo, muitas empresas consideradas grandes geradores de lixo ainda não se cadastraram na Prefeitura de Campo Grande, segundo o secretário da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Luiz Eduardo da Costa. 

Desde do início do ano, as empresas deveriam ter começado a arcar com a coleta e destinação dos resíduos que produzem – até então o serviço é feito pela Solurb. Em virtude das dúvidas dos empresários, o município autorizou a concessionária a coletar o lixo até março.

Regra federal regulamentada pelo município em setembro passado, determina a mudança, já questionada pelos empresários. A principal reclamação foi sobre a quantidade de lixo estabelecida para definir um grande gerador – 50 quilos ou 200 litros por dia.

Apesar das reclamações, o município explica que a regra precisa ser cumprida e, para isso, as empresas que se enquadram na lei têm de procurar a Prefeitura de Campo Grande e fazer o cadastro. Cada grande gerador deverá contratar uma empresa terceirizada para fazer a coleta e destinação do resíduo sólido.

“Falta muita empresa apresentar o plano de gerenciamento. Tem que começar a correr”, avisa o titular da Semadur. Segundo o secretário, mais de 400 empresas foram notificadas, mas poucas fizeram o cadastro. Março é o último mês definido para Solurb recolher o lixo dos grandes geradores.

O número exato da quantidade de empresas que são grandes geradoras é incerto. O cadastro no município, além de cumprimento do decreto, será para que o Executivo municipal tenha também noção de quantos lugares na cidade se enquadram.

O decreto da Prefeitura de Campo Grande é resultado de cobrança do Ministério Público. Segundo o órgão, ao se responsabilizar pela coleta das empresas que produzem grande quantidade, o município banca R$ 400 mil, dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas.

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