Capital

Com nova variante nos Estados vizinhos, MS discute plano de ação

“Essa nova variante nos preocupa porque possui 10 vezes mais carga viral”, alerta Júlio Croda

Aline dos Santos | 28/02/2021 16:19
Reunião neste domingo discutiu variante do coronavírus, que já chegou a São Paulo e Paraná. (Foto: Rodson Lima)
Reunião neste domingo discutiu variante do coronavírus, que já chegou a São Paulo e Paraná. (Foto: Rodson Lima)

Com nova variante do coronavírus circulando nos vizinhos São Paulo e Paraná, reunião neste domingo (dia 28) discute plano de ação que vai criar medidas para conter a propagação em Mato Grosso do Sul.  A SES (Secretaria Estadual de Saúde) ainda não detectou por meio de sequenciamento genético a presença da variante em MS.

“Ela já nos causa preocupação, queremos estar preparados para quando ela chegar. Sabemos que ela chegou forte no País. Estados como São Paulo e Paraná, que são nossos vizinhos, já não contam mais com leitos. Esta nova variante está atingindo outras faixas etárias que não eram frequentes”, afirma o titular da SES, Geraldo Resende, ao portal de notícias do governo.

Na reunião, o infectologista Júlio Croda explicou que os outros Estados em que a variante está presente já enfrentam diversas dificuldades em seus sistemas de saúde. “Essa nova variante nos preocupa porque ela possui 10 vezes mais carga viral, o que significa que ela é mais contagiosa, ou seja, o nível de transmissão é de 50 a 60% maior. Quando ela chega e se instala, a subida no número de casos é muito rápida”.

Mato Grosso do Sul faz divisa com cinco Estados (São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso) e duas fronteiras: Paraguai e Bolívia. Com esta geografia, o secretário reforça que o Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) terá papel crucial daqui em diante.

“Será o nosso norte. Nós temos divisas com os estados, fronteiras com dois países, não existe nenhuma outra medida que não seja o distanciamento social, higienização das mãos e o uso de máscaras, mas se for preciso, poderemos adotar medidas que possam ser mais rigorosas”. Segundo Resende, que deve se reunir durante a semana com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Representante da Assomasul (Associação dos Municípios de MS) e prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke, disse que a entidade será parceira. “Há muitos municípios em vermelho, muitos tentam seguir o decreto, mas sabemos que isso é difícil. Infelizmente, muitas pessoas também não respeitam”.

Divulgado no dia 24, o Prosseguir mostra 31 municípios na bandeira vermelha, 38 na faixa laranja e dez na amarela. A reunião neste domingo foi com representantes da Assomasul, Polícia Rodoviária Federal, Defesa Civil e da Segurança Pública.

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