Capital

Com morte do pai, prefeito decreta luto de 3 dias na Capital

Paula Vitorino | 08/12/2011 08:41

Ex-deputado federal morreu na noite de ontem, em Campo Grande

Ex-deputado federal morreu na noite de ontem, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Ex-deputado federal morreu na noite de ontem, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)

A Prefeitura Municipal de Campo Grande decretou luto de três dias, a partir de hoje, nos órgãos públicos da Capital. O comunicado foi publicado junto com a nota de pesar pelo falecimento do ex-deputado federal Nelson Trad, pai do prefeito Nelson Trad Filho.

O corpo Trad é velado desde às 3h da madrugada desta quinta-feira (8) no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

Aos 81 anos, Trad morreu na noite de quarta-feira (7) no hospital Proncor, vítima de um problema no coração. Ele apresentava problemas cardíacos desde 1983, quando operou e passou a fazer revascularizações frequentes. No ano passado, ele implantou um marcapasso e recentemente colocou dois stents para reforçar o bombeamento do sangue.

Política - Nascido em Aquidauana, em 1930, o advogado e professor Nelson Trad foi parlamentar estadual por dois mandatos e deputado federal por mais sete.

Durante a carreira política na Câmara dos Deputados, Trad foi ainda líder do PMDB, 2º Secretário da Câmara, membro da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e do Conselho de Ética.

Ele foi ainda presidente do diretório do PTB em Mato Grosso do Sul. Culto e habilidoso com as palavras, Nelson Trad era um crítico ácido principalmente ao PT.

O patriarca da família Trad se formou em Direito na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em 1957, e voltou a Mato Grosso do Sul como advogado criminalista, mas acabou entrando na política.

Aliás, a militância política teve um ensaio antes do retorno ao Estado, quando Nelson Trad comandou uma greve que parou a linha de bonde no Rio de Janeiro.

"O movimento saiu da minha faculdade, do Catete, e até hoje alguns remanescentes lembram com saudades", disse o ex-deputado em uma entrevista à TV Assembleia, exibida em maio deste ano.

O protesto rendeu a fama de "baderneiro" e de "comunista" a Trad, que era advogado do PCB (Partido Comunista do Brasil). "Alguns afirmaram de forma segura: esse é um comunista", contou o patriarca, naquela entrevista. Durante a Ditadura Militar, Nelson Trad ficou preso por 25 dias.

Ele deixa três herdeiros na política: o prefeito Nelsinho Trad, o deputado federal Fábio Trad e o deputado estadual Marquinhos Trad.

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