Capital

Com militares de MT, recapeamento começa dia 13 na rua Guia Lopes

Obra de R$ 24 milhões também prevê asfalto especial para corredor do transporte coletivo e mudanças de pontos de ônibus em avenida

Aline dos Santos e Mayara Bueno | 06/02/2017 10:35
Rua Guia Lopes será a primeira a ter obras realizadas pelo Exército. (Foto: Alcides Neto)
Rua Guia Lopes será a primeira a ter obras realizadas pelo Exército. (Foto: Alcides Neto)
Marquinhos e comandante do CMO durante apresentação de obra. (Foto: Marcos Ermínio)

Com militares de Cuiabá, Aquidauana e Piauí, começa na próxima segunda-feira (dia 13) a obra de recapeamento em 12 quilômetros de corredor do transporte coletivo, distribuídos por quatro vias de Campo Grande.

O serviço será executado por meio de parceria entre o Exército e a prefeitura da Capital, tem valor total de R$ 24 milhões e previsão de término em 24 meses. Ou seja, em fevereiro de 2019. Com ares de ação de guerra, a operação Campo Grande foi apresentada hoje (dia 6), com direito à simulação de recapeamento.

De acordo com o comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Construção, tenente-coronel Ronaldo Martins Soares, o Exército será responsável pela execução direta de obras de R$ 17,1 milhões.

Outros R$ 6 milhões serão de serviços terceirizados, como boca de lobo. A intervenção começa com 102 militares pela rua Guia Lopes, que já conta com projeto executivo. Contudo, numa das etapas as outras três vias terão serviço de forma simultânea: avenidas Bandeirantes e Marechal Deodoro e na Brilhante. O pico da obra será em abril, com efetivo de 240 homens.

Segundo o tenente-coronel, o asfalto na faixa destinada ao transporte coletivo será polimerizado, uma versão mais emborrachada e resistente. Outra mudança destacada é a troca de local dos pontos de ônibus da Marechal Deodoro, que vão para o canteiro central.

As obras serão realizadas com interdições parciais. Contudo, na fase de microdrenagem, as vias serão fechadas e o tráfego orientado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). A maioria dos militares vem de Cuiabá, Mato Grosso), sede do batalhão de engenharia de construção.

Conforme o comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), general Gerson Menandro Garcia de Freitas, a equipe é formada pelo Instituto Militar de Engenharia e uma expressiva parcela está no Triângulo Mineiro para curso de microdrenagem. “São máquinas modernas, sofisticadas e recursos humanos capacitados”, afirma o general.

Segundo o prefeito Marquinhos Trad (PSD), Campo Grande tem 280 mil buracos, sendo 25 mil fechados, numa média de mil por dia. “Tem momentos que superam a expectativa, momento histórico e único. Estamos marcando uma nova etapa da infraestrutura e no respeito da coisa pública. Outrora assinado, mas longe da realidade, o convênio se torna possível, factível”, afirma Trad.

A parceria foi firmada em 2016 pelo ex-prefeito Alcides Bernal (PP) e já teve R$ 2 milhões investidos. Na nova gestão, não houve mudanças de valores. “No dia 13 de fevereiro, vamos poder estar encontrando a gloriosa equipe, comandada pelo general Menandro, nas ruas”, diz o prefeito.

Segundo Trad, boa parte do projeto foi refeita pelos técnicos da prefeitura e da Caixa, que financia a obra. A expectativa do prefeito é que o recapeamento seja concluído em 18 meses. Ele explica que o asfalto é mais caro, porém com maior vida útil.

Exército fez simulação de obra nesta segunda-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Maquinário da Operação Campo Grande também foi exposto. (Foto: Marcos Ermínio)

Etapas – A obra foi apresentada no pátio do 9º Grupamento Logístico, na avenida Duque de Caxias. Os 12 km tem a seguinte distribuição: Marechal Deodoro (5 km), Bandeirantes (4 km), Guia Lopes (600 metros) e Brilhante (3 km).

Serão cinco etapas. A primeira consiste em fresagem, demolição de canteiros e meio-fio, e escavação de vala de drenagem; na fase dois, serão realizados assentamento de tubos, dispositivo de drenagem, fechamento de valas e infraestrutura semafórica; na fase 3, acontecem recapeamento e pavimento flexível novo; na quarta etapa, serão feitos pavimento rígido e meio-fio; e, por fim, acessibilidade e proteção vegetal.

Corredor - O recapeamento nessas quatro vias estava previsto em licitações dos corredores de ônibus, custeadas com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana. No entanto, editais foram suspensos e processos licitatórios não foram concluídos.

Em 2015, chegou a ser assinada ordem de serviço em trecho de 700 metros na rua Guia Lopes, entre a Afonso Pena e Brilhante. O corredor de ônibus sudoeste tinha previsão de custo total de R$ 28,8 milhões.

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