Capital

Com ingá despencando na cabeça, dona de banca corre a cada chuva

Árvore caiu sobre comércio na madrugada de 31 de dezembro; situação não foi resolvida até agora

Amanda Bogo | 05/01/2017 16:51
Árvore caída em cima de banca de revista preocupa proprietários (Foto:Amanda Bogo)
Árvore caída em cima de banca de revista preocupa proprietários (Foto:Amanda Bogo)

“Quando chove, a gente tem que largar tudo e sair correndo”, conta a proprietária da banca de revistas localizada na Avenida Afonso Pena, entre a 13 de maio e a Rui Barbosa, no Centro de Campo Grande, Adélia Benites, 52 anos. Uma parte do enorme ingá na beira da calçada caiu sobre o local na madrugada do dia 30 para o dia 31 de dezembro do ano passado, e a árvore ainda não foi removida, o que causa medo e incerteza na comerciante.

A loja é de Adélia e do esposo, Mário Ayabe, 60 anos. Ela conta que acionou o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habilitação) e a Energisa, uma vez que a árvore atingiu a fonte de energia da loja, para buscar uma solução. Porém, os galhos continuam ameaçando a banca.

“O bombeiro tirou parte que estava quebrada e caiu na rua, já a Defesa Civil condenou a árvore. Liguei para a prefeitura e eles dizem que é responsabilidade da Energisa cortar, e quando ligo na Energisa, eles repassam a responsabilidade para a prefeitura. Ligo 24 horas por dia e ninguém resolve. Temos muito medo”, contou Adélia.

Árvore está em cima de fonte de energia da banca (Foto: Amanda Bogo

Sem respostas e preocupados, temendo que a árvore caia e destrua a banca, a opção que restou para os comerciantes, além de aguardar uma resposta quanto a situação, é deixar o local quando começa a chover.

“A Defesa Civil disse que se bater um vento, a gente tem que sair de baixo e largar tudo. Quando chove é essa situação. Mas as pessoas procuram abrigo aqui por ser coberto. Ontem, quando começou a chover, as pessoas vieram para baixo do toldo e nós ficamos pedindo para que saíssem, porque pode acontecer o pior”.

Mário completa a afirmação da esposa. “Uma parte está cortada, mas vai ficar nesse jogo até quando? Até cair a árvore?”

Em nota, a Energisa afirma que realizou um atendimento emergencial no local após o chamado aberto pelos comerciantes, removendo o galho e os resíduos da poda. A concessionária ressaltou que a manutenção da vegetação é de responsabilidade da Prefeitura Municipal, exceto em situações em que a vegetação esteja na rede de distribuição de energia elétrica.

Nesta condição, a concessionária tem autorização para realizar manutenção somente nos galhos que estão em contato com a rede.

A Prefeitura de Campo Grande, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que uma equipe está a caminho do local para fazer a remoção da árvore. Até o fechamento deste texto, no entando, os trabalhos ainda não haviam começado. 

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