Capital

Estudantes da UFMS só devem concluir semestre em março de 2013

Helton Verão | 11/09/2012 18:58

Apesar de atrasar o ano letivo, alunos também veem greve como positiva

Apenas aulas dos mestrados estão acontecendo. Os corredores seguem vazios (Foto: Pedro Peralta)
Apenas aulas dos mestrados estão acontecendo. Os corredores seguem vazios (Foto: Pedro Peralta)

Uma assembleia na próxima sexta-feira (14) deverá selar o fim da greve dos professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que já passa de 90 dias. A proposta que varia de 25% a 43% de reajuste, além de algumas alterações que irão reestruturar a carreira deverão ser aceitas.

O resultado da greve é que o segundo semestre letivo só será concluído no ano que vem. A expectativa da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS) é de que o ano letivo de prolongue até março de 2013, com pausas apenas para as festas de fim de ano.

“Foi uma das melhores negociações que aconteceu com o governo entre servidores públicos. Apenas militares conseguiram benefícios melhores que os professores”, conta o presidente da Adufms, Paulo Roberto Bastos.

Segundo o presidente, além do reajuste, a proposta diminui os níveis de cargos entre auxiliares e assistentes, também do teto padrão para os titulares. Ela havia sido feita no dia 3 de agosto, mas demorou a ser aprovada devida uma das duas entidades sindicais, não concordarem com a proposta.

Ainda aguardam em breve a regulamentação da lei que destinará 10% do PIB (Produto interno bruto) destinados a educação no Brasil.

Odilea estuda nos corredores antes mesmo o início das aulas (Foto: Pedro Peralta)

Entre os acadêmicos, o discurso é de apoio aos professores, apesar de lamentar o prolongamento do ano letivo. “A paralisação foi para algo melhor para a UFMS, o atraso a recuperamos depois”, comentou a acadêmica de Psicologia, Odilea Estrela, de 20 anos.

Odilea iria ingressar no curso neste semestre, a baiana, da cidade de Itabuna, mudou-se para a Capital para fazer a graduação.

Outras acadêmicas do curso de Jornalismo, Natália Moraes e Caroline Cardoso, ambas de 18 anos, elogiaram a paralisação e que com ela se formou um ambiente para novas discussões no futuro.

“A greve é uma ferramenta que sempre vai prejudicar alguém, mas com ela garantimos que o ensino público não seja sucateado”, comenta Natália.

A reunião do sindicado com os professores, acontece na sexta-feira, às 9 horas, no auditório do laboratório do CCBS (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde) da UFMS. O reajuste deverá ser imediato, já as ações de reestruturação da carreira entrarão em vigor a partir de março de 2013.

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