Capital

Com fim do 'postão', atendimento na Santa Casa cai abaixo da metade

Instituição estreou nesta segunda-feira (29) novo modelo em pronto socorro

Mayara Bueno e Yarima Mecchi | 29/05/2017 10:17
(Foto: Marina Pacheco).
(Foto: Marina Pacheco).
Coordenador de Urgência, Yama Higa. (Foto: Marina Pacheco).

No primeiro dia com o novo modelo de atendimento, a Santa Casa de Campo Grande atendeu 85 pacientes de casos de urgência e emergência da meia-noite até às 9 horas desta segunda-feira (29). Normalmente, segundo o hospital, são atendidas de 180 a 200 pessoas diariamente, incluindo quem os casos grave e não graves.

Hoje, a instituição de saúde estreou uma nova modalidade de atendimento no Pronto-Socorro, priorizando o atendimento de casos considerados graves.

Um portão de elevação foi colocado na frente do local e uma sala de regulação da Prefeitura de Campo Grande, chamada de “Unidade de Regulação” e posteriormente “Unidade de Acolhimento”, instalada em uma sala anexa. Na fachada, ao invés de pronto socorro, "Urgência e Emergência".

Conforme o coordenador geral de urgência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Yama Higa, a equipe do município na Santa Casa será composta por um funcionário administrativo, enfermeiro e assistente.

São eles que terão a responsabilidade de atender os pacientes não regulados e encaminhá-los, conforme o caso, para postos de saúde próximos de suas residências.

A instituição de saúde confirmou que hoje os 85 vieram a partir de regulação e se encaixam nas classificações de urgência ou emergência. A média diária de atendimento é de 180 a 200, incluindo encaminhados pela Central de Vagas e os que não são.

Nesta manhã, ainda foi possível ver pelo menos 14 macas no corredor do Pronto Socorro. Segundo a assessoria, a expectativa é que até quarta-feira (31) o número seja reduzido.

Guilherme Coelho Sousa, que levou a sogra no Pronto Socorro nesta segunda-feira (29). (Foto: Marina Pacheco).

Regulados – Para quem sofre de alguma doença grave, a mudança é positiva. Stella Rossetto, 53 anos, levou a mãe que tem câncer depois de passar mal de madrugada. Mesmo indo com meios próprios – sem ser de ambulância -, a paciente conseguiu atendimento pela situação de urgência.

Da mesma forma, Guilherme Coelho Sousa, 27 anos, está com a sogra renal crônica, que passou mal e foi encaminhada à Santa Casa pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Apesar de o atendimento ter sido rápido, ele acredita que muita gente vai sofrer, já que procura o hospital por ter uma estrutura melhor, se comparada com a encontrada em postos de saúde.

Em entrevista a FM Capital, o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), disse que a instituição de saúde é referência, mas para média e alta complexidade. “As pessoas vão com dor de cabeça, náusea, quando este atendimento é possível de ser feito em UPAs”.

O chefe do Executivo Municipal reconhece que as unidades precisam ser melhoradas, até mesmo para que o paciente sinta confiança em ir aos postos para receber atendimento.

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