Com faixas e cartazes, protesto pede punição a agressores de animais
Mais de 100 pessoas participaram de uma manifestação pedindo a punição dos responsáveis pelos maus-tratos da cadelinha Vitória Guerreira, que morreu após 11 dias de tratamento, depois de ter sido atropelada e abandonada. O manifesto ocorreu na tarde deste domingo (14), saindo da Praça Ary Coelho, passando pela avenida Afonso Pena, até a Praça do Rádio, Centro de Campo Grande.
Com faixas, cartazes e camisetas brancas, os manifestantes pediram a punição dos agressores de Vitória e também de outras pessoas que maltratem animais. "Queremos que as pessoas se conscientizem de que não precisa chegar nesse ponto em que chegou o caso da Vitória, se as pessoas verem um caso de maus-tratos, elas tem que denunciar", explica assistente jurídica Fernanda Araújo, uma das organizadoras do manifesto.
"Fiquei assustada, porque realmente foram chocante. Senti uma tristeza enorme, misturada a mágoa por fazer parte de uma humanidade tão cruel", disse Laura Cristina, de 44 anos, sobre a morte da cadelinha. Ela cuida de 60 cães e 43 gatos em sua própria casa há mais de 13 anos. O abrigo, que leva o nome de "Fiel Abrigo", fica em uma chácara, em Campo Grande.
Os manifestantes gritaram por justiça, mas também pediram a sensibilização do poder público com relação aos crimes contra animais. "Acho que se existisse uma legislação mais firme e uma posição do governo, isso não aconteceria", considera Laura.
O caso - A cachorrinha foi socorrida por duas mulheres, a serralheira Simona Zaim, 32 anos, e a aposentada Lubas Lomar, 62, depois de ser encontrada ferida no bairro Coophavila II, na Capital. Moradores disseram que o filhote sofreu maus-tratos de pelo menos quatro adolescentes de um bairro da região sudoeste da cidade. O caso foi publicado no Facebook e causou grande comoção e revolta dos usuários da rede social.
A Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), instaurou um inquérito para investigar o caso, e descobriu que o animal havia sido atropelado e depois abandonado.
Conforme a Polícia Civil, a dona de Vitória, uma mulher de 55 anos, confessou que viu quando a cadelinha foi atropelada, e que chegou a levá-la em uma clínica, mas como não tinha dinheiro para pagar o tratamento, a abandonou em um terreno baldio. Ela será indiciada por maus-tratos a animais.
A Polícia Civil agora procura pelo motorista que teria atropelado a cadelinha Vitória Guerreira no dia 30 de maio.