Capital

Com criatividade, moradores protestam por melhorias para bairro

Nadyenka Castro e Paula Maciulevicius | 03/03/2012 11:59

Frases criativas em faixas e bonecos foram utilizados para pedir infraestrutura para a região

Moradores usaram faixas e bonecos para pedir melhorias para o bairro. (Foto: Marlon Ganassin)
Moradores usaram faixas e bonecos para pedir melhorias para o bairro. (Foto: Marlon Ganassin)
Janete fala do lixo que é jogado nas ruas, que pode causar doenças.(Foto: Marlon Ganassin)

Moradores da vila São João Bosco, região do bairro Monte Castelo, em Campo Grande, usaram a criatividade para protestar por melhorias. Com faixas e bonecos, eles se concentraram na rua Sidrolândia na manhã deste sábado para pedir infraestrutura.

Os moradores querem asfalto - ou pelo menos melhor cascalhamento das ruas -, drenagem de água nas vias, rede de esgoto, limpeza e iluminação pública. Eles dizem que estão cansados de promessas e querem ação.

“Aqui, se você descer, não sobe”, fala o funcionário público Ezequiel dos Santos, 32 anos, referindo-se à dificuldade em andar nas ruas, que são íngremes, com pedras grandes, buracos e muitas com lixo e com iluminação pública precária.

Ezequiel mora na vila São João Bosco há sete anos e diz que os problemas são os mesmos desde então. “Sair de casa a pé é impossível. A pessoa sai torcendo o pé”.

Quando chove, a água acumula no fim das vias e a enxurrada leva pedras e entulhos para as casas que ficam na parte mais baixa, perto do prolongamento da avenida Ernesto Geisel.

Estevão Campelo, 30 anos, é uma das ‘vítimas’ dos lagos que se formam quando chove. Ele mora no fim de uma das ruas e é alvo de brincadeira da vizinha. “Ah, você pode pescar Estevão”, fala a professora Janete Pereira, 43 anos.

Janete também reclama do cascalhamento e ainda do lixo que é jogado nas ruas, dos insetos e da falta de segurança. Ela confessa que já pagou para máquinas passarem na sua rua para melhor assentar as pedras, diz que carrapatos e ladrões são visitas constantes e há pessoas que colocam constantemente fogo em lixos, o que gera fumaça.

Moradores disseram que estão cansados de promessas e querem infraestrutura. (Foto: Marlon Ganassin)

Janete também reclama do cascalhamento e ainda do lixo que é jogado nas ruas, dos insetos e da falta de segurança. Ela confessa que já pagou para máquinas passarem na sua rua para melhor assentar as pedras, diz que carrapatos e ladrões são visitas constantes e há pessoas que colocam constantemente fogo em lixos, o que gera fumaça.

“Há fumaça do lixo, carrapatos que uma vez encheram a parede, buracos. Mesmo assim, no fim do ano vem o IPTU e a gente paga do mesmo jeito”, desabafa Janete, que dá aulas em uma escola próxima e já teve que sair várias vezes porque o alarme do imóvel dispara devido a ação de ladrões. “Da última vez quebraram o muro para entrar”. O muro é alto e tem cerca elétrica.

A única rua que não tem buracos é a Rio Pardo. Não tem porque carros baixos quase não passam lá devido ao tamanho das pedras usadas no cascalhamento. “Meu carro já quebrou lá”, conta Janete.

E para evitar que a água da chuva entre em sua casa, Cezar Augusto Ferreira, 68 anos, ‘fechou’ a via com uma cerca. A ‘rua’ que chega a casa dele também é acesso ao bairro Otávio Pécora.

Cezar justifica a atitude dizendo que enquanto a prefeitura não abrir uma rua oficial e fazer a drenagem de forma correta não irá tirar a cerca pois a água da chuva invade a casa dele.

“É para a segurança da minha família”. Ele fala que fez um contrato com a Prefeitura em que se responsabiliza a tirar a cerca quando houver infraestrutura adequada.

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