Capital

Com avanço de epidemia, prefeitura decreta estado de alerta contra Aedes

Thiago de Souza | 22/12/2015 16:19
Mutirão nas Moreninhas recolheu entulho e alertou moradores sobre epidemia. (Foto: Divulgação)
Mutirão nas Moreninhas recolheu entulho e alertou moradores sobre epidemia. (Foto: Divulgação)

Após três mortes e mais de cinco mil casos de dengue confirmados em Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal (PP), decretou hoje (22), estado de alerta contra o Aedes aegypti. Com isso foi criado o Gabinete sobre a Prevenção e Controle da Transmissão em Campo Grande. Somente em dezembro, houve uma "explosão" de casos com 2.603 notificações da doença.

O Gabinete Interinstitucional de Saúde será composto por profissionais de saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de mais cinco secretarias, e terá uma “Sala de Situação” que vai centralizar as reuniões e tomadas de decisões em relação a epidemia. Entre outras atribuições, o gabinete deve garantir que todos os casos notificados sejam informados à Sesau. Também deve elaborar relatórios de monitoramento e situação epidemiológica e entomológica.

Na publicação do decreto no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), desta terça-feira, a Prefeitura alerta que a população é a responsável por evitar e eliminar quaisquer focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, nas residências e terrenos baldios. Ressalta que nos imóveis onde forem constatadas condições propícias para a proliferação do mosquito transmissor, a autoridade de fiscalização e de Vigilância em Saúde estará autorizada a entrar.

Ainda segundo o executivo, as despesas com a limpeza de terrenos particulares que tenham focos do aedes aegypti serão repassadas aos proprietários da área.

Também foi criado um canal de comunicação pelo qual a população pode fazer solicitações e denunciar possíveis focos do aedes aegypti na cidade, por meio do telefone: (67) 3314-9955 ou pelo e-mail: ouvidoria@sesau.capital.ms.gov.br.

As três mortes por dengue em Campo Grande foram registradas nos meses de abril, maio e novembro. Até o momento foram 10.403 notificações.  

Em relação ao zika vírus, ainda não há casos confirmados, porém existem 290 suspeitas da doença que está relacionada com casos de microcefalia no País. O mês de dezembro também concentra 46 casos dos 119 de febre chikungunya notificados em todo o ano de 2015.

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