Capital

Com 53 obras da Saúde paradas, Prefeitura prioriza as 'quase prontas'

Gastos com depredação serão aos documentos de prestação de contas encaminhados para TCE e MPE

Yarima Mecchi | 29/05/2017 14:26
Obra de UBSF parada no Jardim Presidente. (Foto: Marina Pacheco)
Obra de UBSF parada no Jardim Presidente. (Foto: Marina Pacheco)

Com 53 obras da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) paradas desde 2012, a Prefeitura de Campo Grande está fazendo um levantamento com objetivo de concluir, prioritariamente, projetos que estão mais de 80% executados. De acordo com o responsável pela pasta, Marcelo Vilela, um 'start' foi dado para continuidade do serviço.

Entre os projetos está a construção, ampliação e revitalização de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família). No dia 22 de maio a Sesau inaugurou a UBSF do bairro Sírio Libanês e diminuiu a lista.

"Temos um mapa de 54 obras para fazer. Esta que inauguramos estava 95% pronta e conseguimos terminar. Agora ficaram 53. A gente startizou, temos reformas e ampliações. As reformas feitas até agora usaram recursos próprios, não estava dentro do projeto. Temos projetos aprovados entre 2010 e 2012", destacou Marcelo.

O secretário-adjunto de obras, Ariel Serra, explica que todas as reformas serão feitas, mas as ampliações e construções dependem de aval da Sefin (Secretaria Municipal de Finanças Planejamento).

Porta de obra pichada. (Foto: Marina Pacheco)

"Todas elas têm fonte de recursos uma parte via Governo Federal. A Secretaria de Finanças está fazendo uma lista prioritária para saber quais vão receber recurso de contrapartida. O problema nosso é dinheiro. A Prefeitura está passando por uma baixa de receita, um momento difícil com relação a economia. Estamos vendo a disponibilidade financeira", afirmou.

Na lista da Sesau constam oito unidades que deveriam ter sido construídas, mas apenas três tem mais de 80% de execução. As UBSFs dos bairros Jardim Presidente, Vila Cox e Conjunto Azaleia. Todas estão aguardando liberação de contrapartida do tesouro municipal.

Para a retomada das obras Ariel tem outra preocupação. Segundo ele, paradas há muito tempo, os canteiros foram alvo de vândalos. "Largou sem ter o minimo de cuidado, muitas foram depredadas. A Prefeitura vai ter que refazer o serviço, mas alguém será responsabilizado. É delapidação do patrimônio por inercia do agente público, dos dois gestores que passaram entre 2012 e 2016".

O adjunto relatou que os gastos com depredação serão aos documentos de prestação de contas encaminhados para TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPE (Ministério Público do Estado). "Vamos relatar dinheiro que foi investido para recuperar o que foi deteriorado. Provavelmente os órgãos de controle vão cobrar os antigos gestores, um procedimento de praxe. A fiscalização é permanente", declarou.

Mato está alto em obra. (Foto: Marina Pacheco)
Grade quebrada em UBSF. (Foto: Marina Pacheco)
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