Capital

Com 2º filho com doença rara, família espera milagre com doação de medula

Aliny Mary Dias | 25/03/2014 09:39
Timóteo passa por quimioterapia e precisa do transplante de medula para sobreviver (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Timóteo passa por quimioterapia e precisa do transplante de medula para sobreviver (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)

Se a luta de uma família que vê o bebê com poucos dias de vida ser diagnosticado com uma doença rara já é difícil, imagina passar pela mesma situação duas vezes. É isso que vive a família de Diego Recena, 34 anos, e pai do pequeno Timóteo, de apenas 1 mês e 12 dias de vida. A única saída para a cura da doença autoimune diagnosticada há duas semanas é um transplante de medula e, por isso, amigos e parentes promovem uma campanha no Facebook para atrair interessados em fazer o cadastro no banco de doadores.

Por trás de um evento na rede social que faz um apelo para a solidariedade e já conta com mais de 700 pessoas confirmadas, há a história de uma família que pela segunda vez enfrenta a doença HLH (Linfohistiocitose Hemofagocítica), que tem como característica a agressão da defesa do organismo contra o próprio corpo.

Diego conta que há cinco anos o primeiro filho dele e da esposa Ana Paula Rodrigues nasceu com a doença. Na época, a criança foi diagnosticada quando tinha dois meses e sobreviveu até os oito meses de vida. O bebê passou pelo mesmo tratamento de quimioterapia que Timóteo passa hoje, mas não conseguiu o transplante e faleceu.

“Nós tivemos outro filho depois que é saudável, não nasceu com a doença. Mas quando o Timóteo nasceu, no mês passado, ele também foi diagnosticado com a HLH e descobrimos que é genético no nosso caso”, conta.

O diagnóstico foi repassado pelos médicos à família no último dia 12 de março. “É uma doença que não tem diagnóstico fácil, são alguns fatores que levam a descobrir que é a doença como febre, aumento do baço, diminuição das plaquetas e das hemácias”.

As sessões de quimioterapia já começaram e são suficientes apenas para garantir uma sobrevida de alguns meses a Timóteo. As sessões são feitas de três em três dias e só o transplante de medula para salvar a vida do bebê.

Para cadastrar interessados em doar medula, que tem chance de compatibilidade de 1 para cada 100 mil, a Igreja Batista Coronel Antonino, onde Diego é pastor, irá promover uma campanha no próximo sábado (29) na sede do templo.

Equipes do Hemosul da Capital estarão na igreja do meio dia até às 17 horas para o cadastro dos futuros doadores. A igreja fica situada na Rua Santo Ângelo, 169, no bairro Coronel Antonino. Mais informações podem ser obtidas no evento do Facebook neste link.

Para doar – Qualquer pessoa entre 18 e 54 anos com boa saúde pode doar. Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10 ml para testes.

Quando há um receptor compatível, o doador é avisado e chamado para novos exames. Depois de tudo aprovado, uma pequena quantidade de medula é retirada do interior de ossos da bacia e o líquido é recomposto pelo organismo em 15 dias. A recuperação para quem passa pelo procedimento é rápida e ocorre em poucos dias.

Segundo filho do casal nasceu sem a doença (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
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