Capital

Com 16 mil LEDs ‘barradas’ em estoque, prefeitura compra lâmpadas

Há cinco meses TCE-MS suspendeu instalação de luminárias mais modernas; enquanto isso, LEDs já comprados ficam em depósito

Anahi Zurutuza | 24/02/2017 07:20
Equipe descarregando parte do estoque da LEDs na avenida Eduardo Elias Zahran no ano passado (Foto: Arquivo)
Equipe descarregando parte do estoque da LEDs na avenida Eduardo Elias Zahran no ano passado (Foto: Arquivo)

Enquanto o TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) não decide se vai liberar a instalação de lâmpadas LED para iluminar as ruas de Campo Grande, a prefeitura segue comprando luminárias menos modernas para substituir as que queimaram dos postes espalhados pela Capital. Do início do ano até agora, foram substituídas 5 mil lâmpadas na cidade.

No estoque da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) há 16.126 luminárias do tipo LED, conforme a assessoria de imprensa da administração municipal.

Entretanto, “a prefeitura aguarda o posicionamento do Tribunal de Contas para definir a destinação que será dada as lâmpadas de LED adquiridas pela gestão passada”, a nota.

Não necessariamente as luminárias mais modernas serão instaladas nos lugares onde os postes estão apagados, mas com a troca das lâmpadas que ainda não queimaram é possível apenas remanejá-las, economizando recursos no trabalho de manutenção da iluminação pública.

O Executivo municipal não informou o quanto foi gasto para adquirir as 5 mil lâmpadas halógenas, mas revelou que na compra das LEDs e instalação de parte delas foram gastos R$ 20.520.027,00.

O contrato com a Solar Distribuição e Transmissão Ltda. é de R$ 33,8 milhões e prevê a compra de 30 mil luminárias modernas para a substituição das existentes em Campo Grande.

Operário prepara luminária para instalá-la em poste na Afonso Pena, também em 2016 (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Indefinição – Até o ano passado, haviam sido entregues 20.367 e parte delas - 4.247 – foram instaladas, na avenida Afonso Pena inclusive.

Mas, no dia 14 de setembro, o TCE-MS determinou que o trabalho de substituição fosse suspenso depois que o vereador João Rocha (PSDB) encaminhou representação alegando indícios de irregularidades na contratação da empresa com sede em Montes Claros, Minas Gerais.

Passados cinco meses, o conselheiro Ronaldo Chadid, responsável pela interrupção do serviço, ainda não concluiu a investigação sobre o contrato e não decidiu se vai liberar a instalação das lâmpadas compradas.

A reportagem tentou contato com o Tribunal de Contas, por meio da assessoria de imprensa, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido o retorno.

Já a Solar já havia informado ao Campo Grande News, em dezembro, que “as equipes permanecem de prontidão, aguardando ordem para reiniciar o serviço”.

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