Capital

Colegas de rapaz agredido dentro de loja fazem manifesto e organizam novo protesto

Paula Maciulevicius | 07/05/2011 11:39

Diretório acadêmico da universidade protestou pedindo “Não a Violência”

Colegas de universidade de rapaz agredido protestam contra violência. (Foto: Paula Maciulevicius)
Colegas de universidade de rapaz agredido protestam contra violência. (Foto: Paula Maciulevicius)

Universitários e DCE (Diretório Acadêmico Estudantil) da FCG (Faculdade Campo Grande e Faculdade Mato Grosso do Sul) organizaram nesta manhã um manifesto contra a violência ocorrida com o colega Márcio Antônio de Souza, que foi espancado pelo segurança das lojas Americanas, Décio Garcia de Souza, no dia 23 de abril.

Com cartazes e apitos, os manifestantes gritavam “Sim a Justiça! Não a Violência!” e divulgaram o protesto ainda maior para o próximo sábado, que vai contar com a presença do movimento negro de São Paulo, Educafro (Rede de Pré-vestibulares Comunitários e Educação para Afrodecentes e Carentes).

Para o presidente do DCE, Renato Viturino Lopes, 26 anos, o diretório precisa lutar pela causa por ser o único órgão que representa os estudantes. Segundo ele, foi um ato covarde da loja, que nem conversou e já partiu para agressão.

“Ninguém tem o direito de fazer isso. Este é um protesto de repúdio a violência cometida pela loja e queremos respostas dos órgãos responsáveis neste caso”, explica.

O representante relata que este não é o primeiro caso e nem será o último e que os estudantes querem pedir em nome da sociedade, que os prestadores de serviços que atuam como seguranças na loja sejam mais capacitados para exercer a função.

Diretórios de outras universidades do Estado também foram convidados a participar do movimento.

Com cartazes e apitos, DCE e acadêmicos organizam próxima manifestação. (Foto: Paula Maciulevicius)

A estudante Daniele Cavalcante, 19 anos, conta que a situação traz revolta e exige uma providência. “Hoje foi com o Márcio, amanhã pode ser com outro conhecido, algum familiar ou até mesmo pessoas que a gente desconhece. Não tem justificativa o que o segurança fez”, fala.

Daniela completa ainda que o segurança deveria ter levado Márcio para uma sala reservada para conversar e ver o que realmente tinha acontecido.

Segundo o estudante Carlos Augusto Farias, 22 anos, que também participou da manifestação, o ato foi de repúdio a violência moral e física ocorrida com Márcio. “Não tem justificativa, explicação”, completa.

A próxima manifestação está prevista para sábado, dia 14, em frente à loja, na Rua Dom Aquino, a partir das 9h.

Caso - A violência sofrida por Márcio ocorreu na manhã do dia 23 de abril. Segundo o segurança das lojas Americanas, Décio Garcia de Souza que espancou Márcio, a atitude dele era suspeita. Márcio foi abordado pelo segurança e levado para uma sala reservado. No local, Décio disse à vítima que ele havia roubado o ovo de páscoa e começou a agredi-lo.

Márcio tinha comprado três ovos no Makro Atacadista e marcou para entregar um deles para a filha de 11 anos, na frente das lojas Americanas, na Rua Cândido Mariano.

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