Capital

Cinco adolescentes estão apreendidos por furtos em lojas da área central

Nadyenka Castro | 08/07/2011 18:29

Eles venderam até cachorro para comprar droga

Uma das lojas alvo dos adolescentes, que danificaram telhado, forro e deixaram marcas na parede. (Foto: João Garrigó)
Uma das lojas alvo dos adolescentes, que danificaram telhado, forro e deixaram marcas na parede. (Foto: João Garrigó)

Cinco adolescentes estão apreendidos apontados pela Polícia Civil como autores de arrombamentos e furtos a diversas lojas da área central de Campo Grande. De acordo com o delegado Maércio Alves Barboza, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e à Juventude), os garotos e a menina vendiam as mercadorias para comprar drogas e às vezes as trocavam por entorpecente.

”Houve um caso em que venderam um filhote de rottweiler que vale de R$ 500 a R$ 600 por R$ 20”, lembra o delegado. Com o dinheiro, compraram droga. O animal havia sido furtado de um pet shop que fica na rua 15 de Novembro.

Após diversas denúncias destes tipos de crimes em comércios localizados entre as ruas 13 de Maio e Ernesto Geisel/ e Maracaju e 7 de Setembro, a Deaij abriu oito procedimentos investigatórios e identificou sete adolescentes e um adulto como autores.

Foi pedida a busca e apreensão deles, sendo deferida pela Justiça. Cinco já foram encaminhados à Unidades de Internação Educacional e dois ainda estão sendo procurados. Contra o maior de idade já havia mandado de prisão em aberto e ele acabou preso.

Os adolescentes têm idade entre 15 e 17 anos e todos têm passagens pela Polícia. A menina, de 15 anos, tem 26 passagens desde 2009. Um dos garotos foragido tem 63, desde 2007. A maioria destes jovens já foi encaminhada várias vezes para unidades de internação e consegue fugir.

Segundo o delegado, quase todos os adolescentes apreendidos vivem na área central. “Eles dormem sob as marquises e se alimentam de lanches que as pessoas lhes dão”, afirma.

O adulto preso, Guilherme dos Santos Lopes, conhecido como Paraná, era morador da Vila Nhá Nhá e, conforme Maércio, era quem instigava os menores de idade a cometerem os crimes. Guilherme fornecia droga aos garotos em troca das mercadorias.

Na maioria dos furtos, os autores entravam pelo telhado. Algumas lojas foram alvo várias vezes da ação deles, conforme noticiado pelo Campo Grande News.

O delegado explica que na ação realizada pela Deaij, adolescentes não envolvidos no caso e encontrados em vias públicas são encaminhados ao Conselho Tutelar. Conforme Maércio Barboza, esta ação da Polícia será permanente.

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