Chuva, mau tempo e ventania podem gerar "oscilações" na energia elétrica
A chuva no início da manhã de hoje trouxe à tona um problema que arrepia a gerente Maura Perez, 55 anos. Logo quando abria o expediente da loja de empadas, a oscilada que ela define como ‘básica’ a deixou preocupada.“Não chegou a cair a luz, mas pensei vai acabar”, disse.
A concessionária de energia em Mato Grosso do Sul, Enersul, explica que aquilo que nós chamamos de oscilações, são na verdade intervalos de proteção. Essas “oscilações” acontecem porque o sistema de proteção é ativado para evitar curtos circuitos e prejuízos maiores. O sistema desliga automaticamente.
“Sem luz a gente não é nada. Depende do forno ligado, do freezer. Não pode ficar sem”.
A Enersul explica que as oscilações aparecem nos dias de chuva, ventania e mau tempo porque os galhos de árvores encostam nos fios, além de outras coisas que ventam na fiação.
Isso leva a comerciante Maura a pensar que não é mera coincidência. “Eu acho que é pela chuva, ventania, não sei se bate o fio. Isso já aconteceu outras vezes”, fala.
O superintendente do Procon e membro do Conselho de Consumidores da Enersul, Alexandre Resende, fala que nesta quinta-feira (16) a chuva não foi tão forte a ponto de trazer prejuízos, mas o mau tempo, raios, trovões e descargas elétricas podem gerar intervalos de proteção.
“O ideal seria que não tivesse, mas a gente sabe que é difícil acontecer isso”, disse Resende. O superintendente esclarece que a empresa de energia é obrigada a restituir os danos e prejuízos materiais causados pelas oscilações e queda de energia.
Segundo a Enersul, hoje não houve registros ou reclamações sobre as “oscilações”. A empresa informou ainda que no Estado o total de 13 horas é a soma de todo o tempo que o cliente chega a ficar sem luz durante o ano, porém em Campo Grande não chega a 50% desse valor.