Capital

Chuva desacelera obra, mas governo garante duplicação da Euler no prazo

Moradores e motoristas que passam pelo trecho reclamam de lentidão, mas Governo garante que não haverá atraso.

Anahi Gurgel | 04/03/2017 08:22
Na avenida Euler de Azevedo, placas sinalizam as obras de duplicação. (Foto: Anahi Gurgel)
Na avenida Euler de Azevedo, placas sinalizam as obras de duplicação. (Foto: Anahi Gurgel)

Ausência de máquinas e trabalhadores de braços cruzados compunham, na tarde de sexta-feira (3), o cenário das obras de duplicação da Avenida Euler de Azevedo, que liga a região central de Campo Grande à MS-080, saída para Rochedo. É que o período de chuvas tem ditado o ritmo dos trabalhos no local, obrigando os operários a fazer algumas interrupções.

Uma 'paradeira' que preocupa a população que convive diariamente com o fluxo intenso e perigoso do trajeto. O Governo do Estado, no entanto, garante que não há mudanças no cronograma dos trabalhos, previstos para terminarem em julho próximo. 

“Está tudo muito devagar; poucos homens trabalhando. Se tivesse mais gente pegando firme, seria bem mais rápido”, revela Flávia Lopes, 35 anos, funcionária de um posto de combustível localizado em frente à Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do sul). 

Também funcionário do posto, Alisson Johnnhy Oliveira, 24, reclama da lentidão. “Tem que agilizar porque o trânsito aqui continua perigoso. Os motoristas passam muito rápido e os pedestres têm dificuldade para atravessar na faixa. É uma falta de respeito absurda”, conta, mostrando ainda que, há alguns dias, um veículo desrespeitou a sinalização e acabou derrubando uma das placas de sinalização para fazer o retorno na avenida.

Na Uems, a expectativa para que a readequação de tráfego na região também é grande. “Vai melhorar o trânsito, porque o movimento aqui aumentou desde quando a universidade foi inaugurada, em agosto de 2015”, afirma a funcionária Neide Oliveira Martins, 43.

Funcionários de posto de combustível mostram placa derrubada por condutor imprudente. "Tem muito desrespeito nesse trecho", afirmam. (Foto: Anahi Gurgel)

Andamento da obra – Apesar da aparente lentidão, a Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura), por meio da assessoria, informou que a obra segue cronograma planejado e não será entregue com atraso. O ritmo está mais desacelerado devido ao período chuvoso, que vem interferindo no desempenho das equipes, explica a fonte oficial.

”Esse tipo de problema é esperado em uma obra complexa como a da duplicação da Euler de Azevedo, mas os trabalhos serão realizados com tranquilidade, sem a necessidade de aceleração, e concluídos dentro do prazo estipulado, que é julho de 2017”, garante a assessoria.

Até o fechamento desta reportagem, não foi informado quanto da obra já estavam concluídos. Até novembro de 2016, o serviço de drenagem, que permite a pavimentação e ampliação da pista, estava 75% pronto. 

Na tarde de sexta, a equipe do Campo Grande News verificou que faltava ainda aterramento de uma área para finalizar o serviço de drenagem, segundo informou um trabalhador de uma das empreiteiras responsáveis.

As empresas Anfer Construções e Comércio Ltda e a Construtora Industrial São Luiz foram selecionadas para tocar a obra. Cada uma é responsável pelos serviços de reparo de asfalto, ampliação da pista, implantação de serviços de drenagem e ciclovia em 4,5 km.

As obras estão sendo feitas em uma pista de cada vez, sendo que cada empresa começou o serviço por uma extremidade da via. 

Área da Euler de Azevedo que será aterrada para que a drenagem do trecho seja concluída. (Foto: Anahi Gurgel)

Trecho perigoso - Com o custo de R$ 14,7 milhões e compreendendo 4,5 quilômetros, a duplicação da Euler de Azevedo contempla o trecho entre entroncamento com a Avenida Presidente Vargas, perímetro urbano de Campo Grande, até o anel rodoviário da MS-080, região oeste - a única saída da cidade onde as pistas ainda não são duplicadas.

A obra tem como intenção melhorar o trânsito de veículos no trecho, que teve um aumento de fluxo após o início do funcionamento da unidade da Uems, o que vinha causando acidentes e transtornos aos moradores, comerciantes e motoristas que passam pelo trajeto. Na região também funciona a sede do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Joana Amélia durante expediente em lanchonete, em frente à Uems. (Foto: Anahi Gurgel)
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