Capital

Chuva deixa moradores do Parque dos Laranjais em estado de alerta

Marco Antonio Brito e Paula Maciulevicius | 09/09/2011 17:35

Cratera na Rua Pororoca, onde um carro caiu no final de março, ainda não foi fechada e continua sendo uma ameaça para motoristas e pedestres

Moradora mostra o buraco na Rua Pororoca. A cratera existe há 3 anos e até hoje pouco foi feito. (Foto: João Garrigó)
Moradora mostra o buraco na Rua Pororoca. A cratera existe há 3 anos e até hoje pouco foi feito. (Foto: João Garrigó)
A situação piora com a chuva e deixa comunidade apreensiva. Muita gente já está jogando lixo no buraco. (Foto: João Garrigó)

A chuva desta sexta-feira foi recebida com satisfação pela população de Campo Grande, mas para um grupo de moradores do Parque dos Laranjais, localizado na saída para Rochedo, a mudança no tempo é motivo para provocar "medo" e deixar muita gente em estado de alerta.

As causas para tanta preocupação são as constantes enchentes no local e a cratera existente na Rua Pororoca, quase esquina com a rua Cachoeira, onde, no final do março deste ano, um carro adtapado caiu provocando susto no proprietário do veículo, o cadeirante e funcionário público Nelson Corrêa Tosta, de 50 anos, que disse ter sido "surpreendido pelo buraco" quando trafegava pelo local em busca de um endereço.

À época, moradores denunciaram que a cratera existe há pelo menos 3 anos e foi crescendo com as chuvas e com a água que desemboca de uma tubulação nas imedicações. A Prefeitura se compremeteu em recuperar o local e um dia depois do acidente tapou o buraco, jogando terra e passando patrola na rua. Porém, a situação não foi completamente resolvida. O buraco continua aberto e além do risco de novos acidentes a cratera também está se transformando em depósito de lixo e entulhos.

"Jogaram um pouco de terra, mas não resolveram tudo", contam os moradores que ainda aguardam por uma solução.

Sofrimento continua - Os problemas na Rua Pororoca e nas imediações, como na rua Cachoeira, são antigos e apesar das queixas dos moradores pouco foi feito até hoje. "Todo mundo continua sofrendo do mesmo jeito", diz a aposentada Maria dos Anjos, de 69 anos, moradora na Rua Cachoeira. Ela lembra bem do acidente ocorrido no final de março, com o cadeirante Nelson Tosta. Foi a família da aposentada que ajudou o motorista a sair do carro e da cratera.

A moradora Eurides Soares próxima às tubulações que desembocam na cratera. (Foto: João Garrigó)

"O buraco está menor do que no dia do acidente, mas ainda não resolveram o problema", ressalta. A aposentada conta que a Prefeitura esteve no local e jogou "um pouco de terra" na cratera, mas o buraco não foi tapado completamente. "Quem não conhece a região continua se arriscando a cair lá novamente", diz.

O fato se agrava porque, além do buraco, a rua é precária de iluminação deixando o trecho muito escuro, dificultando o trânsito para quem não conhece a região e trafega nas imediações durante o período da noite.

"Pra piorar estão começando a jogar lixo no buraco", denuncia Maria dos Anjos, que reclama do fato do caminhão de coleta não passar em algumas ruas do Parque dos Laranjais. A moradora também não esconde sua apreensão com a chegada da chuva. "Quando a água sobe, invade as casas. Dá medo", conta ela.

Vigilia - Da mesma preocupação compartilha a dona de casa Eurides de Andrade Soares, de 57 anos, moradora na rua Pororoca. Ela confessa que "toda hora" sai para olhar a chuva e ver como está a situação na rua. "Já enfrentamos muita água aqui", lembra.

Para tentar conter a enchente e evitar que a água chegue em sua casa, a familia de Eurides construiu uma rampa na frente da residência. "Agora está tranquilo. Estava muito seco e a terra está aborvendo tudo. Mas no final do ano, que é época de muita chuva, fica complicado", diz a moradora. Ela concorda que Campo Grande "estava precisando de chuva", mas assim como Maria dos Anjos também confessa que a mudança do tempo "dá medo".

Para resolver o problema no bairro será preciso implantar um sistema de drenagem (galerias de águas pluviais), antes de aterrar o buraco na rua Pororoca, e aplicar capa asfáltica. Segundo os moradores, um dos motivos da cratera continuar aberta - além da pouca terra colocada no local - é a água que sai da tubulação existente nas imediações e que vem de outros bairros.

A aposentada Maria dos Anjos: "dá medo", diz ela sobre a apreensão com o início das chuvas. (Foto: João Garrigó)
Moradores caminham próximo à cratera. Mato esconde o buraco e surpreende quem desconhece a região. (Foto: João Garrigó)
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