Capital

Centro ainda tem 20% de fachadas sem alterações, após fim de prazo

Helton Verão | 03/10/2012 10:37
Em alguns casos as lojas aguardam o processo de aprovação de seus painéis.  (Foto: Helton Verão)
Em alguns casos as lojas aguardam o processo de aprovação de seus painéis. (Foto: Helton Verão)
Diretor da Semadur ressalta a adesão do comércio, e considera projeto um sucesso. (Foto: Helton Verão)

Venceu no último domingo (30) o prazo para regulamentação das fachadas dos estabelecimentos centrais de Campo Grande, 20% ainda não trocaram ou não retiraram as antigas.

Intitulado de “Reviva Centro”, o projeto foi inspirado no semelhante de São Paulo, o "Cidade Limpa". O principal objetivo é diminuir a poluição visual, integrando a muitos projetos futuros que visam a revitalização do centro da Capital.

A Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e a Semre (Secretaria Municipal de Receita) são os órgãos responsáveis por legalizar e fiscalizar o cumprimento das determinações do Reviva Centro.

“Não queremos multar, nem gerar receita, queremos revitalizar o centro da Capital. Tanto que ninguém ainda foi multado e os que ainda não trocaram ou retiram as antigas fachadas tem um prazo de 15 a 20 dias para se regularizar”, explica o diretor do departamento de Controle Urbanístico e de Posturas, da Semadur, Waldiney Costa da Silva.

O projeto foi divido em quatro etapas, que tiveram início em março do ano passado e finalizaram no último domingo. A recomendação é que pelo menos a retirada das antigas fachadas deve ser feita.

Segundo Waldiney, foram mapeados mais de 2 mil estabelecimentos, desses 1.600 já se adequaram as exigências. Fato considerado um sucesso por Costa da Silva.

Também foi disponibilizado um arquiteto para que possa atender e orientar os comerciantes sobre os padrões exigidos.

“Os estabelecimentos com até 10 metros de largura do seu terreno, tem o direito de instalar uma placa de até 1,5 m. Entre 10 e 100 metros, o painel pode chegar até 4m de largura”, explica Waldiney.

A pintura do prédio não pode corresponder ao layout da marca da loja ou empresa, no centro da Capital, muitas empresas “imaginaram” esta brecha, mas já foram notificadas para uma nova textura que não corresponda a marca.

 

Loja de cosméticos já enviou projeto três vezes e aguarda aprovação da Semadur. (Foto: Helton Verão)
Há mais de 20 anos no local, loja de foto perde cerca de 30% nas vendas (Foto: Helton Verão)

Queixas– Campo Grande News visitou diversas lojas que estão sem fachada, em quase todas, gerentes e proprietários argumentaram estar insatisfeitos com o “Reviva Centro” e que o processo de aprovação de seus painéis segue emperrado a Semadur e ao Semre.

“Não gostamos do projeto. Nossa fachada era nova, tivemos o prejuízo de ter que retirar e o novo projeto já foi enviado três vezes e voltou em todas por pequenos detalhes. Se tornou uma dor de cabeça. Gastos, sol, chuva e fora que nossa loja ficou sem identificação por essa demora na aprovação”, reclama a gerente da loja de cosméticos na rua 14 de Julho, Sirlei Mariotti.

O fato da falta de identificação foi registrado durante a conversa com a gerente, interrompida por várias vezes devido as perguntas dos clientes na entrada da loja.

Uma das mais antigas e conhecidas loja de revelação de foto da Capital, está sem nenhuma identificação há mais de 15 dias, também esperando a aprovação. “Já foi enviado por duas vezes nosso layout e não foi aprovado. O cliente não consegue identificar quem somos, nosso movimento caiu 30% neste período sem fachada”, conta a gerente Laura Cristina Sá.

Outros estabelecimentos visitados também confirmaram as mesmas reivindicações e insatisfação com o projeto. A unanimidade prevalece sobre a falta de proteção sob sol e chuva, e a demora nos processos de autorizações dos painéis pelos órgãos municipais.

Para se regularizar – As lojas ainda não regularizadas devem retirar suas fachadas consideradas irregulares, entrar em contato com a Semadur para receber as orientações sobre o novo painel. O telefone de contato é o 3314-3542.

Quem não se adaptar o projeto, pode ser multado após o prazo estipulado pela entidade em R$ 5 mil. Se permanecer, o proprietário é multado em R$ 1 mil por m² irregular. 

Nos siga no