Capital

Casa de suspeitos de matar bebê de um ano é incendiada

Nícholas Vasconcelos e Paula Vitorino | 19/01/2013 16:57
Imóvel onde casal e bebe moravam foi destruído pelo fogo. (Foto: João Garrigó)
Imóvel onde casal e bebe moravam foi destruído pelo fogo. (Foto: João Garrigó)

A casa onde moravam os suspeitos de matar Kemely Romero Rocha, de 1 ano e 2 meses de idade, no bairro Nova Lima foi incendiada na tarde deste sábado (19). O bebê vivia com a mãe, Marlene Romero Rocha, 37 anos, e o padrasto Francisco Gomes de Carvalho Filho, 54 anos, que estão presos.

Segundo a mãe de Francisco, Joacira de Carvalho Santos, 57 anos, vizinhos do casal ligaram no inicio da tarde para contar que imóvel estava pegando fogo. No terreno havia duas casas, e a que era ocupada por Marlene e Francisco ficou completamente destruída.

Para a família de Francisco, que é acusado pela morte de Kemely, o incêndio foi criminoso. O Corpo de Bombeiros esteve no local para apagar as chamas, assim como a PM (Polícia Militar) que orientou para que os familiares registrassem um boletim de ocorrência.

Os vizinhos relataram que o inquilino que ocupava o imóvel da frente se mudou pouco antes do fogo começar, o que faz com Joacira acredite que ele tenha provocado o incêndio. No entanto, a mulher desconhece quem era o morador da outra casa.

Acompanhada da filha, Nair Carvalho, 40 anos, Joacira entrou na casa para tentar salvar os pertences, mas só conseguiram retirar a geladeira e o fogão. “Tinha jogo de sofá, televisão e queimou tudo”, disse Joacira. As mulheres disseram ainda que o comentário no bairro é de que as casas serão derrubadas por moradores, até com a participação de irmãos de Marlene.

Segundo as duas, na manhã em que a criança morreu, Francisco foi até a casa delas pedir dinheiro para comprar um adaptador de tomada para fazer uma limpeza no terreno. Quando ele voltou para casa, encontrou Marlene saindo do imóvel de bicicleta e deixando Kemely no quarto.

“Vai saber se quando ela saiu a menina já não estava morta?”, comentou Joacira.

Francisco está detido na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) desde a tarde de sexta-feira (18). Inicialmente, ele havia prestado depoimento como testemunha, mas conforme apuração da Polícia, na quinta-feira (18), ele ficou sozinho com a criança por um longo período sem a presença da mãe.Conforme apurado pela Polícia, foi ele quem informou à mãe que a criança havia caído da cama e se machucado.

A família de Marlene afirma que quem provocou a morte da criança foi o padrasto, que segundo eles, é um homem perigoso e com histórico de violência.

Foi colhido pela perícia sangue de Francisco para investigação da suspeita de abuso sexual.

Nos siga no