Carreata na Capital comemora 70 anos de festa e devoção a São Sebastião
Em Campo Grande, paróquia foi construída em terreno doado por fazendeiro
A festa de homenagem a São Sebastião, santo celebrado na próxima segunda-feira (dia 20), comemora 70 anos e sai às ruas de Campo Grande na manhã deste sábado (dia 18). Os devotos contam que o começo foi com caminhada e a imagem “ia no ombro”. Hoje, a carreata reúne dezenas de veículos, que vão percorrer 17 vias, no trecho entre as ruas Minas Gerais (Monte Carlo) e Tapajós (Vila Rica).
O andor foi colocado na carroceria de uma caminhonete Hilux, que segue à frente do grupo. Além dos devotos, há veículos do Corpo de Bombeiros: duas motocicletas na dianteira, caminhão e viatura de salvamento.
Presente há 33 anos na comemoração, Elizabeth Duarte, 60 anos, agradece por muitas bênçãos recebidas. “Quando cheguei aqui, não tinha carreata, levavam o santo nos ombros”, diz.
Lindete Faustino, 66 anos, conta que o santo é protetor das lavouras e dos animais. “A paróquia foi construída em terreno doado por fazendeiro. Os animais estavam morrendo e ele prometeu dar o terreno para construir a igreja”.
Aberta no último dia 11, o calendário festivo vai até segunda-feira. Na noite deste sábado, a programação tem missa e festa do sobá. Amanhã, a partir das 11h, o cardápio é macarronada, com ingresso a R$ 15. A noite de domingo terá novena, missa e quermesse.
Na segunda-feira, o dia tem várias atividades: alvorada festiva (às 6h), santa missa (8h), café da manhã (9h), almoço com galinhada e arroz carreteiro no cardápio, procissão luminosa (18h), missa (19h) e quermesse.
Segundo a Igreja, Sebastião tinha à frente uma brilhante carreira no exército romano, ao mesmo passo em que pregava a fé cristã. Denunciado ao imperador da época, teve de pessoalmente dar satisfações. Na ocasião, lhe foi dado a oportunidade da vida, desde que negasse sua fé.
Ele não o fez e por isso foi teve o corpo amarrado a uma árvore e depois atingido por lanças. Não morreu e novamente foi até o imperador, dessa vez por conta própria, anunciar que a fé que queriam que ele negasse, foi justamente o que o salvou. Não teve uma segunda chance e foi açoitado até a morte.