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Capital vê 3ª 'nova favela' surgindo, com 60 famílias fugindo do aluguel

Adriano Fernandes | 26/09/2016 17:20
A ocupação no bairro Panoram começou na noite de sábado (24). (Foto: Adriano Fernandes)
A ocupação no bairro Panoram começou na noite de sábado (24). (Foto: Adriano Fernandes)

Cerca de 60 famílias, antigos moradores de bairros como Jardim Noroeste, Vivendas do Parque e Residencial Maria Aparecida Pedrossian, capinam as demarcações de uma área pública ocupada, desde a noite do último sábado (24), no bairro Panorama, na saída para Três Lagoas. É a terceira favela que surge recentemente em Campo Grande – as outras ficam na região do Tijuca e do Izabel Garden.

Por enquanto, são poucas as estruturas levantadas na área situada entre as ruas Londrina, Átomo e Maria Povoa Braga, no bairro Panorama, nas proximidades do Maria Aparecida Pedrossian.
Entre os lotes divididos com arames, fios e até barbantes, não passam de dez os barracos estruturados com madeira de refugo e cobertos com lonas plásticas.

Geovani Moura Baltazar, de 47 anos é quem organiza a quantidade de moradores e a divisão das áreas. Mesmo invadida há menos de cinco dias o número de moradores só aumenta.

“Começamos a ocupar sábado à noite. Até ontem, eram 47 famílias listadas mas hoje chegaram mais. São pelo menos umas 60 famílias”, comenta a senhora.

O motivo da migração para o local, segundo ela é o mesmo para todos. “Estão todos fugindo do aluguel. Achamos essa área vazia e decidimos invadir”, completa.

Agentes da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande) e da Guarda Municipal estivaram na área, notificando os invasores e orientado sobre a desocupação. “Mas não vamos sair. Cada um está dividindo e limpando seu lote sem nenhum tipo de discussão ou violência”, conclui.

A reportagem também tentou um posicionamento da prefeitura sobre a invasão mas não obteve retorno até a conclusão da reportagem.

Na desocupação mais recente em Campo Grande, em março, famílias foram removidas da Cidade de Deus, nas proximidades do lixão, e destinadas a outras três áreas. Depois, veio uma sucessão de problemas, incluindo falhas na construção de casas nestes loteamentos, em regime de mutirão.

Cada demarcação é capinada pelos moradores que chegam. (Foto:Adriano Fernandes)
A estruturas de madeira são cobertas de forma precária com lonas plásticas. (Foto: Adriano Fernandes)
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