Capital

Campo Grande entra na rota de fanáticos colombianos e chilenos

Filipe Prado e Anny Malagolini | 11/06/2014 13:31
A caravana Santiago Brasil contou com 800 veículos (Foto: Marcos Ermínio)
A caravana Santiago Brasil contou com 800 veículos (Foto: Marcos Ermínio)

Para a abertura da Copa do Mundo 2014, muitos torcedores estão correndo contra o tempo para chegar a tempo às cidades onde serão realizados os jogos. E para chegar aos estádios, muitos fanáticos precisam passar por Mato Grosso do Sul, como 3,2 mil chilenos e motociclistas colombianos.

A maioria dos chilenos saiu no dia 7 de Santiago, capital do país, e irão percorrer 5,5 mil quilômetros de estrada até a capital de Cuiabá (MT), onde acontece o primeiro jogo contra a Austrália, no dia 13.

A família de Joaquin Ignacio Auba, 28 anos, estará presente na partida. Ele e mais cinco pessoas estão dividindo o espaço de um pequeno trailer até chegar à capital do Mato Grosso e participarão pela primeira vez de uma copa.

“Eu nunca terei outra oportunidade dessa. A próxima será na Rússia e fica muito longe”, comentou o chileno, que estimou um gasto de US$ 4 mil com a viagem, sem contar os ingresso para os jogos, que ainda não foram adquiridos. “Vamos tentar comprar na hora”, admitiu.

Mas, com característica simpática e festeira, Joaquin afirmou que para eles o que interessa é a festa e a cultura do país. “Nós iremos assistir o jogo, mas eu quero ver mais a cultura dos países que também estarão presentes nas cidades”.

Eles passarão por todas as cidades por onde a seleção do Chile jogará, além de visitar algumas outras com Brasília, Belo Horizonte e Foz do Iguaçu. Joaquin assegurou que eles ficarão no Brasil até a fina da copa, no dia 13 de julho, mesmo que o Chile seja eliminado.

Essa é a primeira copa que Joaquin participa (Foto: Marcos Ermínio)
Seis pessoas da família de Joaquin saíram de Santiago e vão para Cuiabá (Foto: Marcos Ermínio)

Em 800 veículos, a Caravana Santiago Brasil passou por Dourados na noite de ontem (10) e hoje (11) partiu para Cuiabá. Para o almoço, Marco Canarios, 32, e seus amigos pararam em Campo Grande. Animados, os chilenos pretendem comprar os ingressos através de cambistas.

Como os brasileiros, os chilenos têm um sentimento em comum com a Argentina: a grande rivalidade. “Qualquer um pode ganhar, menos a Argentina”, confessou Marco. Esperançosos, eles acreditam que o Chile chegue a final e ainda contra o Brasil. “O Chile ganha por 1 a 0”, previu.

Somente de gasolina, os chilenos da caravana irão gastar cerca de US$ 3,5 mil.

Não foram somente os chilenos que passaram por Campo Grande, o casal da Colômbia, Fabian Herreno e Julieta Herreno, passaram de moto pela Capital do Mato Grosso do Sul. Eles vieram pela costa do Equador, entrando no Peru, passando pelo Acre, Cuiabá e agora se dirigem até Pedro Juan Caballero para encontrarem alguns amigos.

Como estão de férias, os colombianos ainda passaram por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, até chegar em Belo Horizonte no dia 14 para o jogo contra a Grécia.

“Eu adorei Campo Grande. Foi a minha cidade favorita. A civilização é parecida com a de Bogotá”, comparou Julieta.
Eles estão planejando esta viagem há dois anos e relataram que ainda não conheciam o País.

Torcedores colocaram a bandeira nos veículos para marcar a nacionalidade
Marco e os amigos irão acompanhar os três jogos do Chile (Foto: Marcos Ermínio)
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