Capital

Campo Grande depende de ministério para ter vacina contra a dengue

Filipe Prado | 28/12/2015 17:26
UPA da Capital; vacina pode diminuir demanda nas unidades de saúde (Foto: Marcos Hermínio)
UPA da Capital; vacina pode diminuir demanda nas unidades de saúde (Foto: Marcos Hermínio)

A rede pública de saúde de Campo Grande depende do Ministério da Saúde para saber se distribuirá, via SUS (Sistema Único de Saúde), a vacina contra a dengue. O registro da medicação, primeira do tipo no Brasil, foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta segunda-feira (28)

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), para que o medicamento seja distribuído, o Ministério da Saúde deve fazer uma avaliação, a partir impacto orçamentário da incoporação da vacina no sistema, de acordo com o preço estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

O medicamento deve começar a ser vendido no Brasil no começo de 2016, prometendo proteger contra os quatro tipos do vírus da dengue. A vacina é indicada para pessoas com idade entre 9 anos e 45 anos, tendo 93% de proteção contra casos graves e redução de 80% nas internações, assegurou o fabricante.

O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, reforçou que há trâmites para serem completados, a partir da aprovação da vacina. Mas, assegurou que é “um bom resultado em prol do avanço para combater a doença”.

Sobre a utilização do medicamento no sistema público de saúde, Ivandro declara que irá esperar o pronunciamento do Ministério da Saúde, que vai avaliar se vale a pena incorporar o produto ao sistema público de imunizações.

A médica infectologista Priscila Alexandrino apontou que a vacina será excelente para o tratamento da doença. “Podemos evitar ou minimizar os sintomas. Isso é muto importante”, comenta. Ela lembrou que o paciente não pode ser medicado, a não ser para melhorar os sintomas gerais, mas nada que combata o vírus.

Para a infectologista, a fabricação da vacina pode ter demorado porque foi preciso uma fórmula capaz de proteger contra os quatro subtipos da doença. “É muito positivo neste sentido”, ressalta a médica. Sobre o preço, Priscila não soube apontar valores, mas acredita que serão caros durante os primeiros lotes.

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